Make The Angels Cry

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— Kath, diga que é isso que você quer. Preciso saber. Não quero... machucar você.
— É o que eu quero.

Disse, e sentiu os dedos deslizarem por entre os corpos, alcançando o clitóris, e começaram a fazer a mágica.

Ela chegou ao orgasmo quase imediatamente e à medida que tinha os espasmos, apertava o membro ainda mais, levando-a à loucura.

Lin gritou, um grito rouco e gutural, primitivo, que lhe preencheu os sentidos, quase tanto quanto a preencheu no fundo, lhe abrindo mais as pernas enquanto investia com mais força, e Kath começou a comprimi-la novamente, o desejo crescendo em direção ao ponto em que o corpo da outra penetrava o dela, onde Lin encontrou o prazer do qual vinha precisando há mais de um ano, o prazer que estava conseguindo finalmente... com ela. Os corpos ainda estremecidos com o pós-clímax, Lin a abraçou forte, esperando o tremor passar. Então se deitou de costas e a puxou para cima de si, sorrindo.

— Eu pretendia ser mais delicada na primeira vez.
— Desculpe se estraguei seus planos. Quem sabe na próxima?

Lin balançou a cabeça, fazendo que sim, e lhe acariciou a nuca.

— Passei a semana inteira querendo fazer isso, tocar sua pele, beijar seus lábios.

Ela deu um leve beijo na boca de Kath.

— Tocar seus cabelos sedosos. Adoro tudo em você, senhora Raywatt, sinceramente. Eu queria tanto tocá-la, beijá-la, passar os dedos entre seus lindos cabelos.

Lembrando-se do comentário de Non sobre os cabelos "cor de areia", Kath olhou bem nos olhos de Lin.

— De que cor é o meu cabelo?

Lin passou os dedos longos nos cabelos dela, contemplando-os.

— Dá para ver no escuro?

Perguntou, mas achou que dava. Apesar do temporal, o luar entrava farto por entre as compridas janelas do quarto. Além disso, a fluorescência de Lin iluminava a cama.

— Vejo perfeitamente

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— Vejo perfeitamente. E seu cabelo é exatamente da cor da luz brilhante que guia as almas para o outro lado. Se eu fizer a passagem hoje, quando vir aquela luz outra vez, pode saber que estarei pensando em como esta luz espelha sua beleza. Se eu fizer a passagem, Kath, meu último pensamento será em você.

Ela engoliu em seco, muito tocada.

— Mais uma pergunta.
— Certo. Qual é a pergunta?

Lin disse, descendo a mão para as costas dela numa suave massagem.

— Como foi que você morreu?

A pergunta de Kath atingiu Lin com a mesma sensação chocante de quem tropeça ou cai em queda livre direto do céu para o chão. Conhecia bem a sensação. Em um minuto, estivera observando Kath, no outro, sumira do local, temendo o que viesse a fazer quando ela abrisse os olhos.

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