Somebody to Die For

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— Jim, você tem consciência de que consertar este teto vai sair muito caro? E o que vai fazer quanto aos ventos desta noite?
— E você veio fazer o que aqui, Mikaelson? Tenho certeza de que não veio por hospitalidade de vizinho.

Ele voltou a sorrir, luminoso.

— Meu irmão está disposto a comprar este lugar como está agora, a despeito dos danos que possam advir do temporal desta noite.
— Não sabia que iria ser tão terrível assim. Está sabendo de algo que não sabemos?
— Vai ter vento forte, mais forte do que o da semana passada.

Mikaelson respondeu olhando para Kirk.

— Elijah está disposto a pagar o preço de mercado.
— Que legal da parte dele. Devíamos agradecê-lo por pagar o preço de mercado quando todos sabem que isto aqui vai valer uma pequena fortuna quando estiver totalmente restaurado.
— Mas a casa não está totalmente restaurada, está?
— Ainda não. Mas estamos trabalhando nisso. E não estamos interessados em vender a casa nem para seu irmão e nem para ninguém.
— Que inferno, a casa não tem nem telhado para o temporal de hoje.

Mikaelson disse, dando meia volta e voltando para a Mercedes.

— Espere só até amanhã. Depois que o resto desse telhado ficar em pedacinhos, você vai nos implorar para comprarmos, mas então o preço não vai ser tão agradável.

Ele parou ao lado da porta aberta do carro. Kath viu então que ele admirava a velha mansão.

Ele queria a fazenda, não para demoli-la, mas para morar nela.

— Amanhã estarei tendo notícias suas, senhora Raywatt.

Mas antes que pudesse entrar no carro, um caminhão gigantesco cor-de-rosa-choque veio chegando ruidosamente. Deixava no rastro uma grande nuvem de pó, e o motorista não fez cerimônia em estacionar a enorme besta rosada a centímetros da Mercedes de Mikaelson. Kath protegeu os olhos da luz e esperou a poeira baixar, depois deu risada ao ver quatro pessoas saindo do veículo.

Mile atacava novamente e Klaus Mikaelson não ia gostar nem um pouco. Kath e os demais Raywatt, que já estavam sorrindo, mal podiam esperar.

— Que diabos é isso?

Mikaelson tossiu ao ver o próprio carro, até então lustroso, coberto pela boa e velha poeira da Louisiana.

— Isto é um caminhão.

Disse a mulher sexy que saiu detrás do volante. Ela jogou para trás a longa juba cor de morango, enquanto uma loura e uma morena vestidas de modo idêntico à ruiva, com camisetas brancas apertadas, shorts curtinhos cor-de-rosa e galochas, saíam do lado do passageiro, seguidas por Mile.

O sorriso demoníaco mostrava que ele estava mais do que pronto para encarar Klaus Mikaelson.

— Presidente Mikaelson.

Ele disse, inclinando a cabeça em saudação.

— O que o traz aqui tão cedo? Achava que você fosse do tipo que acorda tarde.
— Vim conversar com sua prima.
— Não diga. Sobre o quê?

Mile perguntou, recostando-se ao monstro rosado enquanto as três mulheres, aparentemente sem achar nada de interessante no presidente da paróquia, iam para trás do caminhão e começavam a descarregar
pacotes.

— Kirk, você pode ajudá-las com nossa encomenda enquanto converso com Mikaelson?
— O que você trouxe?

Mikaelson perguntou, já se dando conta do que as moças descarregavam.

— Elas? Ora, elas formam a melhor equipe de construção de telhados deste lado do Mississipi. Telhados 3D.

Ele disse, e piscou o olho para Kath, fingindo ignorar a risadinha dela.

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