Come Back... Be Here

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Jim apontou para o telhado, onde uma pistola de pregos trabalhava em uma velocidade de entortar o pescoço, instalando telhas novas espontaneamente. Grandes pedaços de telhas sintéticas se transportavam pelo ar e se alinhavam perfeitamente à telha anterior para serem então pregadas com a pistola no local certo, de modo mágico. Todos os olhos se voltaram para Kath, querendo ter certeza se quem estava trabalhando no telhado era mesmo quem eles estavam pensando, mas Kath parecia
não estar vendo mais ninguém.

Estava totalmente concentrada naquela criatura atlética que usava as mãos com firmeza, contraindo e descontraindo os bíceps enquanto colocava as telhas no lugar, uma após outra. A loira da empresa de reformas de telhados que estava ao lado da fantasma, parou de pregar a telha e deu um gritinho quase inaudível.

— Muito bem! Você vai ter de confiar em mim, Carol, mas não é nada demais. Só uma fantasma que quer ajudar.
— Carol? Não eram Deidre, Dominique e Dani?
— Não. Seus nomes são Carol, Adele e Dani.

Mile disse, rindo.

— Só achei que uma empresa chamada Telhados 3D ia chamar a atenção do Mikaelson.

Kirk riu e Mile se voltou para as outras duas.

— Não há razão para se preocuparem. Ela é amiga de Kath.

Elas ainda pareciam muito chocadas, mas depois de ver que único objetivo daquela pessoa invisível era fazer o mesmo trabalho que elas, voltaram todas ao trabalho.

Só mesmo em Louisiana.

Kath pegou uma escada e colocou ao lado de onde Lin estava.

Lin não precisou olhar para trás para ver que Kath estava chegando.

O laço entre ambas estava cada vez mais forte, e sentia cada um dos pensamentos e sensações dela.

— Você precisa de protetor solar. Vocês todos.

Surpresa, Kath respondeu.

— Eu sempre uso protetor solar, e tudo mundo aqui também está usando.

Ela deu um sorriso suave, levantando o canto daquela boquinha de coração.

— Estamos acostumados a trabalhar do lado de fora da casa. É um ritual de fim de semana, mas é muita gentileza sua se preocupar.

Ela estava abaixo de Lin e se desequilibrou ao tentar subir mais.

Lin tentou segurá-la por reflexo, mas ela evitou aquela mão esticada e se apoiou com as mãos abertas no telhado.

— Obrigada, está tudo bem.

Inferno, será que preferia cair do telhado a quebrar a regra de não tocar em espíritos?

Lin fechou a cara e pegou outra telha.

Ela queria bater em alguma coisa.

Queria machucar alguma coisa.

Não, a verdade era que queria tocar algo, tocar Kath.

Na verdade, queria apertá-la junto a si, mais que meramente em pensamento, senti-la se abrir para si por completo e adentrá-la, se tornar parte dela e fazer com que ela se tomasse parte de si.

— Lin.

Disse quando ele terminou com a telha. Lin não queria vê-la pedir o que ia pedir, mas queria olhar para ela, de modo que acabou se virando.

— Sim?
— Preciso lhe pedir uma coisa.
— Você quer que eu passe o dia hoje com Chungha. Aliás, não. Você quer que eu me apaixone perdidamente por ela, para que eu possa fazer a passagem. Era isso que você ia dizer, Kath?

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