Entre o vermelho e o azul - Red and Chloe

Capitulo 23

Chloe Charming POV

Eu, Morgan, Bridget e Amália tínhamos ido pessoalmente até Auradon, iríamos oferecer um acordo ao rei e a rainha, se eles nos entregassem Denver, não acabaríamos com a país todo. Ao meu ver era um bom acordo.

A paisagem de Auradon, que antes me encantava, agora me dava nojo. Um reino fundado em mentiras e traições, saber que esse lugar atuou como meu lar por anos me angustiava.

Havíamos mandado o mensageiro  da rainha para passar nossa mensagem, " Denver white está em Auradon, ele é um fugitivo, nos dê o criminoso e não teremos problemas", mensagem redigida por minha doce sogra. Ao chegarmos ao castelo em que o casal real morava, eles já nos esperavam "na porta".

- Sejam bem vindos. - Ben disse, nos oferecendo um sorriso que deixava suas covinhas em evidência. - É um prazer recebê-los.

- Deixe de falso moralismo criança, me entregue o que eu vim buscar. - Minha sogra diz com um tom frio, que ninguém jamais havia experimentado.

- Majestade, infelizmente não podemos entregar o garoto a vocês... - Mal disse, se dirigindo a nós pela primeira vez.

- Não acho que tenhamos sido muito claros, Mal. Vocês não têm opção. - Tomei a palavra, me colocando ao lado de minhas sogras, pelo canto de olho pude vê-las me olhando, e segurando um sorriso.

- Ouçam minha nora. - Amália diz. - Será o último aviso de vocês...

- Majestade, a senhora não quer fazer isto... - Ben diz. - Auradon é poderosa.

- Meu ovo. - Morgan diz e volta a se calar.

O casal à nossa frente pareceu se ofender, mas não tanto.

- Eu tenho certeza que podemos resolver isso da forma mais civilizada possível, não há necessidade de envolver uma guerra nisso. - O herdeiro do rei fera dizia com um tom doce que me enjoava.

- Rei tolo. - Minha sogra diz. - A guerra já começou... E você sabe muito bem o porquê.

-" Então me poupe dessa conversa fiada, e vamos aos finalmente, ME ENTREGUEM O BASTARDO QUE ATIROU NA MINHA FILHA.".

- Majestade... - Me cansei da forma que nos tratavam. Como se fossemos criaturas selvagens que não tinham motivos para estar ali.

- Ben. Antes de permitir que sua esposa fale o que não deve, pergunte-se porque seu pai nunca desistiu do país das maravilhas assim que a rainha ameaçou guerra... - Disse para o homem. - A vida daquele miserável vale mesmo todo esse risco? A vida dos seus súditos é tão pouco importante pra vocês?

Vi que tinha tocado em um ponto sensível, quando as narinas de Ben se inflaram, e os olhos de mal ficaram verdes, era isso que eu queria. Olhei para Morgan e lhe dei o aval, a mulher digitou algo em seu telefone, para logo confirmar com a cabeça.

- Acho que nossa conversa acabou. - Mal disse num tom firme.

- É uma pena. - Minha sogra fala. - Era um reino tão bonito.

Entramos na carruagem novamente, e nos preparamos para sair. Fomos até o centro da cidade de Auradon e um dos quatro guardas que nos acompanhavam, tomou frente chamando a atenção de algumas pessoas. Com a confirmação que dei para Morgan, ela passou o resto para ele.

- CAROS CIDADÃOS DE AURADON, É COM PESAR QUE INFORMO, QUE O REI E A RAINHA DE VOCÊS PREFERIRAM ENTRAR EM GUERRA COM O PAIS DAS MARAVILHAS DO QUE ENTREGAR UM CRIMINOSO QUE SE REFUGIOU AQUI. O PAIS DAS MARAVILHAS, CONCEDE A TODOS OS INOCENTES A OPORTUNIDADE DE SE REFUGIAR LONGE DAQUI... - O homem dizia em alto e bom som. - EM POUCAS HORAS, É PROVÁVEL QUE O REINO DE AURADON NAO EXISTA MAIS...