Capítulo 27

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Red Hearts POV

Minha mãe conseguiu que uma carruagem nos levasse ainda hoje, ajudei Chloe com as malas, e partimos em direção a ilha. Saímos nos despedindo apenas de minha mãe e Mali.

Passamos longas horas na carruagem, não sei dizer ao certo quantas, pois eu e minha esposa cochilamos um tempo depois de iniciar a viagem. Chegando ao local onde ficavam os barcos, nossas malas foram devidamente aguardadas e as duas embarcamos.

Como estava escurecendo, e ainda estávamos no território do país das maravilhas, teríamos que viajar só até a noite cair por completo, após isso teríamos que desligar o motor e retomar a viagem de manhã. Criaturas aquáticas, não gostavam de agitação na água quando anoitecia, pelo menos as nossas.

Avisei para minha esposa, que pareceu não se importar, peguei as chaves do braço com o condutor, para que eu mesma pilotasse, e o deixei em terra firme. Logo, eu e minha mulher estávamos indo rumo a Liberty.

Como combinado, assim que a noite caiu, desliguei o motor, jogando a âncora nas profundezas para que não saíssemos do direção certa. Sai da cabine de controle, indo até a parte de baixo do barco, ele não era enorme, mas grande o suficiente para obter um pequena cozinha, um banheiro, também pequeno, e uma cama de casal.

Encontrei Chloe cozinhando uma espécie de macarrão instantâneo, a abracei por trás, coloca do meu queixo em seu ombro.

- Se eu soubesse que era tão prendada assim, teria me casado com você antes. - Falei com graça, e ela riu em descrença.

- Não é minha culpa se é a única coisa que temos para comer. - Ela respondeu no mesmo tom. - Se quiser pescar um peixe...

Logo cortei sua ideia.

- Não é uma boa. - Disse.

- Porque? - Ela perguntou sem me olhar, agora colocando o tempero pronto no macarrão.

- Nessas águas, um peixe sempre vem acompanhando de um predador maior... Bem maior. - Ela me olhou, tentando ver se eu falava a verdade ou se estava apenas com preguiça de pegar um mísero peixe. - É sério.

- Se você está falando.... - Ela da de ombros. - Então não reclama do macarrão.

- Não reclamei. - Me defendi.

Passado mais poucos minutos, comemos a comida cancerígena na pequena panela mesmo. Subimos novamente para o convés, e contei para Chloe algumas história que Amália me contava quando criança, histórias de pescadores que lutaram com gigantes criaturas e sobreviveram para contar. Ela me olhava da mesma forma que eu olhava para Mali, com fascínio e pouca fé.

- Amanhã, quando retomarmos, vai demorar para chegarmos? - Chloe perguntou assim que sai do banho, ela havia se banhado primeiro e estava me esperando na cama.

- Creio que não, pelo o que eu me lembro, são só mais alguns minutos de viagem. - Ela concorda, me deito ao seu lado, puxando seu corpo para mim e beijando sua testa, não sei quando, mas tinha pegado esse hábito.

Ficamos um tempo apenas curtindo a presença uma da outra, até que senti as mãos da minha esposa acariciarem meus braços, logo uma de suas penas se colocou ao lado do meu corpo, e quando menos percebi, Chloe estava sentada no meu colo. Uma visão que perturbava minha sanidade.

- Está cansada? - Ela pergunta, num tom de voz tão inocente que chagava a ser profano.

- Para você? Nunca. - Seus lábios atacaram os meus, me permiti apenas provamos por enquanto, sua boca era macia e carnuda, ela se empenhava em maltratar a minha com movimentos brutos, mas cuidadosamente moderados.

Entre o vermelho e o azul - Red and ChloeOnde histórias criam vida. Descubra agora