2. A ligação

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Pov'Andrew.

Aquele era um péssimo dia, em algumas horas seria meu aniversário, Carina estava viajando a trabalho, só voltaria no final do dia, meu filho possivelmente nem lembrava da data, mas de qualquer forma oficialmente ainda não era, só me sentia frustrado porque nós últimos anos Sam sempre esperava até meia noite para me dar parabéns, estava com raiva porque mesmo ela tendo me traído, ainda sim estava lá nesse dia, aquela era uma péssima noite, meu hotel estava cheio por causa do leilão, estava seguindo para "o castelo" meu outro hotel, ele tinha esse nome devido sua estrutura, quando decidimos transformar a grande mansão da família em um hotel até tentei dar outro nome, mas já era tão conhecido que acabou ficando.

E aquele o "império" Carina adorava aquele hotel tão moderno e futurista, não que chegamos a dividir sociedade ou coisas do tipo, mas ela tinha uma suíte imensa no último andar, já eu depois da separação voltei para meu lugar "a torre" do Castelo, gostava dela, era isolada, tinha acesso a ela por fora da mansão, além do terraço que era todo meu. Eu não gostava tanto da vida de solteiro, mas depois que decidi devolver a traição na mesma moeda não vi sentido em manter um casamento falido, minha atual dor de cabeça era Sam querendo parte de tudo que construí com minha irmã, mas foi o pai DELA que nos fez casar com separação total de bens por eles terem lojas de carros e terem uma vida boa e eu ainda estar começando a construir meu império.

Então tudo bem para mim, meu filho um dia herdaria o que fosse meu, e isso já era suficiente, independente do futuro, ele era a única coisa que realmente importava.

Parei no meio do salão quando vi o ítem a ser leiloado, aquele carro seria um ótimo objeto para sanar parte da minha frustração, comecei a dar lances, alguém próximo também fazia isso, ficando só eu e uma garota bonita, que deveria ser mais um patricinha, a garota que se aproximou e quase implorou para desistir dele, era divertido a ver sendo contrariada, garotas mimadas odiavam isso, mas garotas mimadas não andam em carro clássicos, a distrai por tempo suficiente para ganhar o lance, mas perdi de todo jeito, Meredith era interessante demais para perder a oportunidade de conhecer ela por um carro e não era outra garota chata que só falava futilidades, assim eu esperava, tudo bem que não era qualquer carro, mas poderia viver sem ele mais um tempo, aproveitaria a oportunidade de a conhecer mais.

- nossa - Meredith arfou quando estacionou o carro em frente ao hotel - isso é tudo seu?

- metade - falei rindo - só metade.

- ainda sim... Você tem grana pra comprar um carro de quase um milhão - ela fez uma careta - eu não saberia nem contar.

- eu também não, tem alguém pra fazer isso - revirei os olhos.

- que esnobe.

- vamos - a incentivei a seguir para dentro do hotel, o grande salão onde funcionava a recepção estava bem iluminada como sempre, era sempre um choque ver que realmente conseguimos, que a mansão caindo aos pedaços agora era sim lugar luxuoso, o grande lustre que pendia do teto era parte da estrutura original, eu adorava ver as centenas de pequenos cristais dele.

- nossa, é ainda mais lindo que nas fotos.

Meredith estava parada no meio do salão principal, seus olhos vagaram por cada canto que pode, era um olhar de pura admiração, uma admiração única.

- sabia que a estrutura original foi construindo em 1420?

- não - eu não me ligava muito nesses detalhes.

- a primeira reforma foi em 1700, e só em 1722 que construíram a torre.

- acredito que ainda não era da nossa família até então.

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