38. A descoberta.

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Pov'Andrew.


Meredith havia desligado na minha cara, eu falo que a amo, e ela foge no meio da noite, não sabia o que pensar, não sabia o que fazer agora, então fui atrás da única pessoa que poderia me ajudar, precisava falar , tentar entender o que havia acontecido, bati na porta até alguém abrir.

- Andrew?

- oi.

- o que faz aqui a essa hora? Tudo bem? Entra - minha irmã me olhava preocupada, não sei o que ela viu em minha expressão, mas dessa vez ela não começou com brincadeira.

- não sei direito - murmurei.

- explica o que sabe.

- comprei um carro para Meredith - comecei pelo começo.

- ok, isso não me parece uma coisa ruim.

- não, na verdade não sei, ela voltou um tempo depois de ter ido embora, estava chorando.

- porque? - Carina me fez sentar e sentou na minha frente.

- brigou com o pai, ele não gostou dela ter aceito o carro, a comparou com a mãe que os abandonou.

- nossa, Thatcher não me parece um homem que faria isso.

- também achei que não, mas você tinha que ver o desespero dela.

- tá, até aí tudo bem! Ou menos mal, ela procurou você? E cadê ela?

- eu falei que a amava.

- nossa, e ela?

- não falou nada, só ficou falando que preferia ser como a mãe, mas que não estava comigo só pelo dinheiro, eu não fiquei chateado por não ouvir, já imaginava que não aconteceria... Mas hoje quando acordei ela não estava lá, havia ido embora.

- nossa duas vezes, ela foi embora no meio da noite?

- sim, me deixou... E quando liguei ela parecia estranha, falou que o pai não estava bem, perguntei se precisava levar ele ao hospital, mas ela falou que não... Falou para não me meter, que não queria minha ajuda e desligou.

- é difícil pensar em algo bom agora... Porra, mas tem algo... Posso estar errada, mas ela ama você.

- não é o que parece quando ela some no meio da noite.

- tá, isso não é bom... Mas se ela não queria, ou só queria algo de valor mesmo, porque voltou chorando?

- não sei, não sei Carina - passei as mãos por meus cabelos, frustrado, me sentia um idiota - eu sinceramente não sei o que fazer.

- liga pra ela, não agora, mais tarde, pergunta se o pai está precisando de alguma coisa, que você pode mandar, ou levar... Vê a reação dela.

- eu não deveria ter falado, eu sabia que ela ia fugir...

- acha que é isso?

- prefiro que sim, a ser o fato que ela só quer dinheiro.

- eu não acredito nisso... É óbvio que ela é ambiciosa, mas isso sempre esteve bem claro, e se for medo, você só precisa ter paciência.

- vou tentar.


;)


Meredith não respondeu nenhuma mensagem, não atendeu minhas ligações,  decidi que lhe daria um dia, só um e iria atrás dela, mas ela teria que falar algo, não ia ficar como um tolo apaixonado com coração partido atrás dela, mesmo com todo medo, eu falei que a amo, não que a deixaria.

"Meredith, tô cansado de esperar uma resposta"

Outra mensagem visualizada sem resposta, já havia se passado mais de vinte quatro horas desde a última ligação que ela atendeu e desligou com um "Alex chegou", já era noite, não dormiria, ou no caso não dormiria outra por causa disso, então segui para a casa dela, mas antes tentei ligar.

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