44. A ligação.

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Pov'Meredith.

A maioria das pessoas já havia descido, até nossa família, mas Andrew e eu estava ali onde era mais silencioso a espera da ligação de Thiago, que só aconteceu uns vinte minutos depois da meia noite, Andrew atendeu a chama de vídeo, mas o menino não sorria.

- oi - falei já preocupada - aconteceu alguma coisa?

- não.

- Thiago? - Andrew insistiu.

- não foi nada, eu só odeio eles e essas piadas de mau gosto.

- que tipo de piada? - Andrew perguntou.

- que eu deveria cortar o cabelo, estou começando a parecer uma menina, já dá pra amarrar lacinhos - ele falou com desprezo - vou ficar aqui até vir me buscar, mas eu nunca mais passo um feriado com eles.

- filho, eu sinto muito.

- tudo bem pai, não é sua culpa... É da mamãe que acha engraçado o pai dela falar essa coisas... Mas eu odeio eles odeio.

- se quiser te buscamos agora - falei mesmo não sendo algo que eu decidiria, mas ver ele triste doeu em mim, eu adoraria dar uma bons tapas naquela vaca.

- não, amanhã é nosso réveillon, e eu não vou dar nenhum motivo para ela fazer briga com o papai, eu vou ficar aqui no quarto... Como você sugeriu.

- ótimo, vamos fazer um réveillon do jeito que quiser.

- então não vou falar feliz ano novo, porque ainda não é ano novo - o garoto finalmente sorriu.

- tudo bem, ainda não é... Estava pensando, podemos cozinhar, eu amo cozinhar, faço o seu prato favorito - sugeri, estava inventando aquilo, só não queria que ele ficasse triste.

- eu gosto de lasanha, você sabe fazer?

- claro que sim, o que mais?

- torta de carne e também gosto de panquecas recheada.

- perfeito, vou deixar a Lexie escolher a sobremesa.

- valeu madrasta.

- só não vou reclamar hoje porque está triste.

- valeu de novo, vou desligar, aproveitem o final do ano - ele gargalhou - te amo pai.

- te amo garoto... Se precisar me liga.

- eu ligo - Thiago desligou.

- eu te amo...  - Andrew me agarrou pela cintura e me beijou, um beijo que não deveria ser dado em público, não que eu fosse reclamar, ou alguém fosse reclamar, ele era o dono do hotel, mas ainda sim, não era um beijo público.

- eu já sabia, mas gosto quando enfatiza seus sentimentos assim.

- o jeito que falou que poderíamos ir buscar ele.

- desculpa, você falou que não quer confusão, eu só fiquei com raiva e triste.

- não, não... - Andrew me beijou - saber que iria até lá... mesmo não sendo a melhor solução, sugerindo fazer algo pra ele... Só me faz ver que eu só ganhei com sua chegada... Se eu ainda não tá amasse por outros motivos, te amaria por ser maravilhosa com Thiago.

- ele é um bom garoto, é fácil gostar dele... Seria difícil se ele fosse um pentelho mimado seria difícil, mas ele é bom.

- sorte a minha - Andrew riu - vamos voltar para a festa.

- vamos.


;)



- onde vocês estavam? - Carina nos interceptou - estavam se pegando?

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