Pov'Andrew.
Eu não estava tão relaxado, mas Meredith surtou tanto com a remota possibilidade de ter um filho, que me vi na obrigação de manter a calma, não imaginei que ela não quisesse filhos, na verdade não pensei sobre o assunto, eu mesmo não queria outro, mas me pegou de surpresa seu desespero com a ideia, mesmo que isso garantisse um bom futuro a ela, e outra vez era surpreendido pela garota, principalmente quando falou que foi quase mãe da irmã, que tinha dez anos, tudo bem que vemos muitas situações onde os filhos mais velhos assumem os cuidados da casa e dos irmãos, Meredith era um desses, quanto mais tempo passava ao seu lado, mais via o quanto a vida foi difícil para ela, e quantas coisas deve ter abrido mão por causa da sua família, isso me fazia gostar mais dela e querer cuidar, eu tinha uma vida boa pra caramba, mesmo quando não foi fácil, não foi tão difícil, quanto o que ela viveu ainda criança.
Eu até entendia seu receio em ter um filho, ainda cuidava da irmã até hoje, passou por todas as fases ruins dela, quando ainda precisava ser cuidada; olhei a garota que dormia, entendia porque ela tinha tanta gana de vencer na vida, de ter uma vida melhor, a vida não era justa com ela.
Levantei da cama quando ouvi meu celular tocar, peguei ele sobre a mesinha de cabeceira e sai do quarto, sentei no sofá da sala e atendi.
Ligação on.
- Andrew, bom dia.
- bom dia Nico, alguma novidade?
- sim, estou com o contrato pronto, vou te enviar por e-mail, você lê e me diz se precisa ser mudado algo.
- ótimo, vou fazer isso agora.
- estou aguardando.
- ok.
Ligação off.
Levantei do sofá e segui até o escritório, preferia ler no notebook, do que naquela tela minúscula do celular, abri minha caixa de e-mails e depois o e-mail que Nico havia enviado, era um contrato de cinco páginas, detalhado era gentileza, havia cláusulas para todos tipo de situação, que poderia me beneficiar, prejudicar, e também beneficiar ou prejudicar Meredith, li tudo e depois reli fazendo anotações de alguns detalhes que queira modificar, outros que so precisava de uma atenção a mais.
Enviei para Nico as anotações, aproveitei que estava ali e li outros e-mails, respondi o que precisava, e mandei alguns, ainda aproveitei para fazer algumas ligações para os fornecedores, gostava de resolver essa pequenas coisas, escolher pessoalmente tudo que queria para o hotel.
Ligação on.
- bom dia Carina - atendi minha irmã.
- bom dia maninho.
- tudo bem?
- sim, vim ao castelo falar com você, e sua ... Secretária - a voz dela saiu enojada naquela palavra - disse que não está.
- não estou.
- está na torre? Passa das nove da manhã, você nunca não está aqui a essa hora. Tá doente?
- não - soltei uma boa risada.
- então o que?
- nada de mais, estou resolvendo umas coisas aqui - falei.
- então abre a porta, tô aqui.
Ligação off.
Ia falar que não era uma boa ideia, mas ela desligou, levantei da cadeira e segui em direção a outra porta de acesso, a que vinha por dentro do hotel, abri a porta e minha irmãzinha me encarava desconfiada.
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