14. O lugar.

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Pov'Andrew.

- gosto da sua companhia, você é inteligente, brincalhona, mas não é vazia - gostava de ser sincero com Meredith, de esclarecer pequenas coisas, se ela fosse capaz de aceitar que seria a única, que ganharia muito, mas não poderia esperar amor, teríamos um longo caminho pela frente.

- obrigada, gosto da sua companhia também.

- se você quiser, vamos sair muitas vezes, e vou aparecer na sua casa, ou te ligar... Não posso prometer amor, mas terá a mim... Com a certeza que não vou te enganar, porque odiei ser enganado.

Era melhor que prometer amor, como um acordo, uma boa proposta, eu ganho, ela ganha, ninguém se machuca.

- não precisa me prometer amor - ela falou firme.

- toda garota espera pelo amor.

- toda garota que não descobriu que ele não é o mais importante na vida... Poderia falar que não acredito, mas eu acredito, eu amo pessoas, meu pai, minha irmã, meu melhor amigo, e Hellen... Mas não é o mais importante pra mim - o tom dela era baixo, era verdadeiro, não poderia afirmar que nunca mudaria de opinião, mas nesse momento ela era sincera.

- sinto por isso.

- não sinta, eu não sinto...

- um dia vai sentir, acredite.

- quando esse dia chegar eu descubro o que faço - ela deu de ombros - não posso saber o que fazer, até me deparar com esse momento, não vou sofrer por antecipação.

- está certa, então estou desculpado?

- sim.

- ótimo, agora posso te levar para meu quarto.

- babaca - a gargalhada dela encheu o carro, era um bom som de se ouvir, atravessei o último sinal e segui para leste entrando no estacionamento do delivery, poderia sugerir irmos para o castelo, mas depois de a deixar esperando e desmarcar, esperaria para a ver nua em minha banheira.

- as vezes sou - parei o carro ao lado da janela - boa noite.

- boa noite - a atendente falou.

- quero dois hamburguers, três porções de batata e dois refrigerantes.

- certo.

- algo mais? - olhei para Meredith.

- não, está ótimo...

- ok... Apenas - entreguei o cartão - quando é seu aniversário?

- meu aniversário?

- sim, você sabe o meu.

- sim, 17 de outubro... Acho que ainda te devo um presente.

- não me deve... Obrigado mesmo assim.

- o pedido de vocês, obrigada, voltem sempre.

- obrigado - entreguei tudo para Meredith - onde quer parar para comer?

- não sei.

Ela já abria uma das sacolas de papel e pegava uma batata, sai do estacionamento e segui para perto do museu, depois dele havia o lago, seria um lugar tranquilo.

- aniversário?

- ahhh - ela pareceu ter esquecido - 25 de dezembro - por sua expressão não gostava muito de fazer aniversário nesse dia.

- sério?

- sim, quase que me chamo Natália... Ainda bem que Ellis fez algo bom e colocou o nome da mãe dela em mim.

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