24. O Lago.

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Pov'Andrew.

Ver Meredith daquele jeito foi doloroso, a ver indo embora se sentido tão pequena, a ver me deixar com a ameaça de nunca voltar, eu sabia que não era só drama, Meredith era orgulhosa o tanto que era ambiciosa, ou até mais, seu orgulho era o que tinha de mais valioso, sabia que ela havia passado por muitas coisas e isso a fazia ter sede de ser grande de ter uma vida melhor, ela adorava aquela vida de luxo, eu via o brilho nos olhos dela quando ganhava algo, ou vivenciar uma experiência que não teria em sua vida normal, era puro deslumbre da riqueza, eu adorava ver a alegria dela, os seus olhos brilhando como de uma criança na noite de natal, mas mesmo com todo deslumbre ela não aceitava tudo por dinheiro. Ela poderia só se calar para não perder o que estava lhe sendo proporcionado, eu sabia que suas palavras sobre me deixar para não ser humilhada novamente era real.

Meredith era um ser intenso por natureza, em todos seus sentimentos, sabia que ela faria de tudo para ter o que desejava da vida, mas não deixaria que outra pessoas a diminuíssem nem mesmo se isso fosse o que precisava para conquistar o que desejava, ela era incrível.

- e você tá apaixonado - Carina falou.

- Carina, não vim aqui pedir para falar dos meus sentimentos, vim pedir ajuda.

- estou te ajudando, admita que está apaixonado, fala isso pra ela, para Sam, manda ela a merda e força ela a assinar logo esse divórcio.

- se eu falasse algo do tipo para Meredith, ela fugiria como diabo foje da cruz... Ela quase infartou com a possibilidade remota de hipoteticamente ficar grávida.

- como assim?

- foi empolgação, você não vai ser tia de novo... Mas Meredith pirou.

- tá me deixando confusa.

- Meredith foi abandonada pela mãe aos dez anos, que deixou ela e a irmã ainda bebê, Meredith foi mãe da irmã, não entendi muito, ela é vaga nas histórias, mas acho que o pai saia para trabalhar e ela quem tinha que cuidar da irmã...

- com dez anos? Ela quem precisava ser cuidada.

Carina parecia que ia chorar, mas não fez, só mostrou um olhar de quem entendia.

- ela não acredita em amor, ou romance, não quer filhos porque foi "mãe" da irmã...

- então não fale, mas seja bom pra ela.

- estou sendo.

- seja mais... Se magoar Meredith eu vou te bater - Carina ameaçou.

- lembra que eu sou seu irmão.

- lembro, mas ela é uma garota, você um homem, e ela já sofreu demais... Então se não quiser ela seja homem e se afaste antes que ela sofra... Não fique com ela só porque é bom ou leve, ou conveniente, porque mesmo que ela não queira amar ou se apaixonar... Sabemos que não é questão de querer.

- eu sei que não, mas não é só conveniência.

- ótimo... Agora vai resolver sua merda.

- eu vou.

;)

Era divertido ver a empolgação de Meredith falando sobre os planos para o haras, o que poderia ser feito, como ser feito, ela tinha ideias realmente boas, achava justo pagar ela, já que pagaria qualquer pessoa, não importava nossa relação, deixei Meredith expressar tudo o que imaginava para aquele lugar, andamos pela áreas externa, e via o brilho nos olhos dela enquanto falava sobre o que poderia ser feito, andamos até o lago que estava parcialmente coberto por vegetação.

- parece grande - Meredith murmurou.

- ele é, existia um trapiche ali - indiquei - podemos fazer um novo.

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