22. A memória.

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Pov'Meredith.

Me sentia uma idiota, conseguia lidar com quase tudo, menos com uma pergunta sobre meus pais, tentei me recompor antes de voltar a mesa, odiava parecer fraca; me assustei quando a porta se abriu, Carina entrou no banheiro e me olhou através do espelho.

- vi que recebeu meu presente.

- sim, achei que fosse de Andrew, mas descobri que não ... Obrigada, eu adorei tudo - acho que fiquei mais empolgada do que com os que ele me deu.

- acredito, nós mulheres sabemos o que a outra precisa - sabe - ela se apoiou na bacada e me olhou.

- o que?

- gosto de você.

- obrigada, mas porque gosta de mim?

- você é esperta, tem gana, tem ambição e  gosta de coisas boas, gosta do que Andrew pode te dar... E não nega isso, não fingi ser ... Boba, você é o que é.

- e isso é ruim? - a encarei.

- não, todos devemos ter ambição.... Mas precisamos ter nosso limite.

- eu tenho um - afirmei.

- eu sei, não ache que estou julgando você... Não é o que estou fazendo.

- então o que está fazendo?

- só falando que gosto de você, é esperta, é linda, deixa meu irmão feliz, se ele tá feliz eu vou gostar de você.

- minha intenção é que ele seja feliz, enquanto estiver com ele...

Olhei Carina dentro dos olhos, queria ter certeza se ela estava me testando ou sendo sincera, mas acreditava que era a segunda opção, por algum motivo ela gosta de mim.

- posso perguntar uma coisa? - pedi.

- claro.

- porque não gosta delas?

- Sam... Ela nunca valorizou Andrew e o pai dela nunca aceitou o casamento deles... Ela sempre gostou da vida que ele conseguiu lhe dar, e a prova disso é que o traiu por anos... Não sou perfeita, mas não aceito traição, de nenhuma forma... E ela fez.

- e Léia?

- aquela sonsa - Carina fez uma careta - já a conheceu?

- tive esse desprazer - concordei - ela queria saber quem eu era...

- sério? O que falou?

- que tá namorada do seu irmão... Ela cogitou me bater, juro.

Nós duas rimos.

- ela é o tipo mais óbvio de interesseira... Apenas.

- vou falar o que falei para Andrew quando nos conhecemos - falei firme - eu quero mais da vida, tenho feito meu melhor para conseguir, gosto do que ele tem medo proporcionado, e não vou me fazer de rogada nunca... Nem para você...   Eu quero mais da vida, e vou atrás disso.

- Meredith? - ouvimos a batida na porta e avisa abafada de Andrew.

- meu deus, ele tá demais - Carina abriu a porta - ela tá viva.

- tudo bem? - ele ignorou a irmã e me olhou.

- sim, só estava agradecendo a Carina o presente, e ficamos falando do que ela escolheu - falei tranquila, olhei para ela e sorri.

- vou voltar para nossa mesa - Carina passou pelo irmão.

- tem certeza? - ele perguntou quando ela foi embora.

- absoluta, só não queria explicar sobre Ellis, e sua irmã veio e ficamos falando do presente.

- só isso?

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