Todos ainda estavam atordoados, olhando para mim e depois uns para os outros como se esperassem para ver quem entraria para ajudar. Virei-me para Intuorn, que estava ali congelada como uma estátua.
— In, por favor, ajude.
“...”
— Intuorn!
Minha voz, que nunca soara tão furiosa antes, assustou a jovem senhorita. Ela correu rapidamente, parecendo nervosa.
— Como posso ajudar?
— Chame uma ambulância. Não, isso é muito lento. Precisamos levá-la para o hospital nós mesmos.
— Você tem certeza?
— O que há de errado em levar alguém para o hospital?
— Mas não a conhecemos. Ela pode ser uma golpista que acorda e nos acusa de machucá-la…
Quando olhei para ela, Intuorn parou de falar e colocou o braço sob a axila.
— Tudo bem, vamos ajudá-la a ir para o carro. Mas é bem longe. Talvez devêssemos pedir ajuda às pessoas por aqui.
No choque inicial, todos pareciam congelados, mas assim que a situação se acalmou, as pessoas correram para ajudar. Um sujeito grande se ofereceu para carregar a pessoa inconsciente até o carro, nos poupando do trabalho devido às nossas limitações físicas. Intuorn, sentada na frente, nem olhou para a paciente, sua mente cheia de preocupações de que ela pudesse me conhecer e me levar embora.
Cerca de quinze minutos depois, chegamos ao hospital mais próximo e comecei a preencher os formulários, sem saber quem ela era até que Intuorn me entregou sua carteira. Só então percebi o que deveria fazer.
— Obrigada.
— Sem problemas.
Abri a carteira e tirei seu cartão de identificação para preencher seus dados. Fiquei olhando para o nome por um momento.
'Renu Siva-amphan'
Enquanto lia o nome, segurei a caneta com força. Este nome era familiar. Era o nome mencionado às 8:08 PM na noite que Jenpob me deixou na beira da estrada e de Ong, que sempre mencionava isso. E quando eu acidentalmente deixei escapar quando nos conhecemos...
Professora...
Professora Renu...
Ela era a Professora Renu, a que me ligou naquela noite. Ela era definitivamente alguém que eu conhecia. A segunda pista, além de Ong, era essa pessoa.
— Você está bem? Por que está tão quieta? — Intuon, que estava me observando por um tempo, perguntou, me tirando dos meus pensamentos. Eu sorri para ela.
— Ah, só estou tentando soletrar o nome da professora.
— Professora?
— Quero dizer, o nome dela... o que há de errado comigo? — Eu balancei a cabeça, percebendo que deixei escapar muita coisa.
— É, o que há de errado com você? Você está fora do seu personagem hoje.
— Como assim?
— Você gritou comigo.
— Sério? Ah... desculpe. Eu não percebi. — Dei um pequeno sorriso seco como um pedido de desculpas. — Não fique brava, ok? Eu estava muito preocupada com a paciente.
— Sim, muito preocupada. Você a conhece?
'Elas se conhecem...'
'Se sim, o que devo fazer...'
VOCÊ ESTÁ LENDO
Ritmo Vol. 2 - Você é o Ritmo do meu coração
Romance'Jom' ... era o nome que minha mãe me deu, esperando que pudesse mudar de acordo com o humor a cada ano. De bom humor, poderia ser Jom, a travessa. De mau humor, poderia ser Jom, a intrometida. O motivo é que nasci com um dom que me permite ouvir a...