41 - Desculpas

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O toque suave me fez perder todo o meu controle. O leve cheiro da linda pessoa na minha frente era irresistível, e eu não pude deixar de enterrar meu rosto em seu pescoço e cobri-la de beijos. Não me esqueci de usar minhas mãos para apertar e amassar, esperando deixar a professora feliz.

A respiração pesada da pessoa na minha frente me fez sentir como se estivesse prestes a explodir. Aproximar-me por trás daquele jeito foi estranho, então tive que virá-la e usar meu joelho para separar suas pernas para chegar mais perto.

— Professora... eu realmente gosto de você.

Quando me inclinei, esperando provar os lábios de alguém da minha altura, o Professor Renu gentilmente empurrou meu peito e virou o rosto.

— Quem é você?

— O quê? O que você disse?

Eu ainda estava confusa, mas tentei o meu melhor para ir mais longe. No entanto, a professora não me deixou fazer nada e continuou fazendo perguntas frustrantes.

— Quem está parada na minha frente agora?

— Lay

— Resposta errada. Este é o fim. — A pessoa adorável olhou para o relógio na parede e continuou — Está ficando tarde. Acho que você deveria voltar logo e preparar a resposta onde você esteve o dia todo.

Isso não era um sinal de se fazer de difícil porque a professora Renu respondeu com um sorriso e lentamente se afastou do meu toque, quase provocativamente. Eu só conseguia ficar boquiaberta, ainda lembrando o quão macio seu corpo era.

É isso?

— Professora.

— Hmm?

— Acabou?

— Acabou.

— Mas...

Mas parece que não chegamos a lugar nenhum. Eu não disse isso em voz alta, e eu só conseguia cerrar e abrir meus punhos em confusão. A doce pessoa sorriu para minhas ações e ajustou suas roupas como se estivesse completamente à vontade.

— Vou te ver partir.

— Então, o que somos, você e eu? — Eu soltei, sentindo uma mistura de emoções. Fiquei frustrada por ela ter me enganado e depois ido embora tão facilmente. Eu poderia dizer com certeza que estava sendo enganada. — Porque, de tudo, não parecemos ser apenas professora e aluna normais.

— Eu não sou nada para você.

— Oh...

— Mas para Jom, eu sou.

Ba-dum...

Nós olhamos nos olhos uma da outra por um longo tempo como se eu pudesse penetrar sua mente. Eu não conseguia lê-la de jeito nenhum. Ela era uma mulher que me deixava curiosa sobre tudo, e quando eu perguntava diretamente, recebia respostas ambíguas que me faziam pensar mais. Se eu não tivesse certeza da resposta, voltava para perguntar novamente.

Assim como agora.

— Você e Jom estavam namorando?

— Não.

— Ah... Estou tão confusa.

Professora Renu riu um pouco e pegou sua bolsa, sinalizando para eu me preparar para ir embora. Então ela foi até a porta.

— Como poderíamos ser? Você nunca perguntou.

— Oh...

— Eu tirei essa fala direto de um filme, hehe.

Ritmo Vol. 2 - Você é o Ritmo do meu coraçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora