Eu estava vendo a professora Renu com mais frequência ultimamente. Eu tinha aulas cerca de três dias por semana, então eu passava esses dias com ela e fazendo várias atividades. Às vezes, saíamos para comer em um shopping longe o suficiente para que ninguém que conhecíamos nos visse. Nós folheávamos livros, jogávamos cartas e conversávamos sobre coisas aleatórias. Mas o que eu mais amava era quando estávamos sozinhas no quarto dela.
— Por que Doraemon é azul?
— Acho que já li em algum lugar que ele chorou porque um rato mordeu sua orelha, e suas lágrimas deixaram seu corpo amarelo azul.
— Onde você leu isso?
— Do gibi da In.
“...”
Toda vez que eu mencionava outra mulher, a professora Renu mudava a vibração ao nosso redor para algo assustador, como se estivéssemos em uma casa mal-assombrada. Pelo que observei, ela era uma pessoa racional. Quando ficava brava, agia como uma adulta, sem gritar. Mas ela estava loucamente com ciumes. Era como se ela quisesse ser a única pessoa mais importante para mim.
Talvez eu fale muito sobre Intuorm...
— Você quer comer o macarrão? O cheiro está provocando meu nariz há um tempo.
— Claro.
Sentindo seu mau humor, levantei-me e fui até a cozinha, desempacotei o macarrão e coloquei-o em tigelas.
— Onde você guarda os hashis? — Perguntei enquanto vasculhava as gavetas. Quando abri o armário embutido acima, vi várias garrafas de álcool, muitas delas meio vazias.
— No armário inferior.
Professora Renu, sabendo que eu tinha visto as garrafas, estendeu a mão para fechar o armário superior e puxou a gaveta inferior, entregando-me os hashis sem dizer uma palavra. Nós duas ficamos em silêncio. Minha mente estava mais ocupada com o que eu tinha acabado de descobrir.
— Você bebi, Professora?
— Às vezes.
— Mas pelo que vi, é mais do que apenas às vezes.
— Só quando estou estressada com o trabalho. Não se preocupe com isso.
— Você ainda está bebendo ultimamente?
— Não mais. — A professora de rosto doce prendeu o cabelo no alto. — Estou com fome. Vamos comer.
Nós nos sentamos à mesa, só nós duas, e começamos a comer. Eu ainda estava curiosa sobre as garrafas de bebida, mas não disse nada. Quando eu estava prestes a dar uma mordida, vi seus hashis arrancarem uma almôndega da minha tigela.
Hein?
Olhei para ela, que estava comendo a almôndega da minha tigela, embora tivesse bastante na dela. Quando tentei comer uma também, ela pegou de novo.
— Professora. — O rosto doce sorriu enquanto mastigava.
— Hmm?
— Se você gosta tanto de almôndegas, pode ficar com minha tigela inteira. Empurrei minha tigela em direção a ela e apoiei meu queixo na mão, sorrindo. — Se você gosta tanto delas, deveria ter pedido uma sopa de almôndegas
— Você está brava?
— Não, por que eu ficaria brava?
— Eu os peguei para te irritar.
— O quê?
— Eu pensei que se eu pegasse almôndegas de você, você ficaria brava.
— Você quer que eu fique brava?
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Ritmo Vol. 2 - Você é o Ritmo do meu coração
Romance'Jom' ... era o nome que minha mãe me deu, esperando que pudesse mudar de acordo com o humor a cada ano. De bom humor, poderia ser Jom, a travessa. De mau humor, poderia ser Jom, a intrometida. O motivo é que nasci com um dom que me permite ouvir a...