Ritmo Vol. 2 - Você é o Ritmo do meu coração

Faça uma armadilha

Algo estava farfalhando sob o cobertor...

Meio dormindo e meio acordado, eu a afastei com irritação. Mas depois de um tempo, parecia que algo estava rastejando sob minha camisa. Se tivesse sido antes, eu teria pensado que havia algo estranho sob o cobertor. Se não fossem as pulgas de Mumu, poderia ter sido algum tipo de réptil ousando subir na cama. Mas naquele momento, havia apenas uma coisa que poderia fazer algo assim.

— Sendo travessa de novo? — Eu disse e sorri um pouco antes de agarrar a mão astuta de Jom, que gostava irritantemente de me acordar de manhã. Jao Jom riu e espiou o rosto antes de deitar-se em cima de mim e dar um beijo leve no meu queixo.

— Bom dia, professora.

— Você está sendo irritante todas as manhãs.

— Não é bom?

— Não, é cansativo — Menti, virando-me de lado para evitar sua cara travessa. — Deixe-me dormir um pouco mais. Não dormi muito ontem à noite.

— Você tem trabalhado muito ultimamente. Estou preocupada — Disse Jao-Jom, mordendo meu ombro de leve, imitando Mumu quando ele pegou um brinquedo e o sacode com satisfação.

— Se você está preocupada, não me incomode. Eu quero dormir.

— Estou, mas também quero me aconchegar. Ontem à noite, você ficou acordada até tarde. Eu esperei por você.

— Hmm? — Abri um olho e olhei para Jao-Jom com um sorriso. — Esperou o quê?

— Esperei para atacar você. Mas antes que eu percebesse, já eram cinco da manhã. Você estava dormindo ao meu lado, então eu apenas deitei e dormi também.

— Ah, então quando acordei, você veio me incomodar.

— Você tem trabalho para fazer hoje?

— Hoje é domingo, dia de descanso.

— Então é meu dia!

— Todo dia não é seu dia?

— Se realmente for, então... — Sua mão perversa deslizou para meu seio e apertou levemente, provocando. — Então vamos ficar no quarto o tempo todo dia de hoje. Nós vamos ficar abraçadas o dia todo, comer a comida na geladeira e depois voltar para a cama.

— Por que você é tão lasciva? Você já pensou em outra coisa além disso? — Eu reclamei enquanto estava deitada de costas. Jao-Jom balançou a cabeça em negação e lentamente puxou minha camisa sobre minha cabeça, sabendo que eu permitiria, e eu não resisti.

— Você disse que gostava, Professora.

— Quando eu disse isso?

— Quando eu era Lay. — A safada disse, depois que ela me despiu, ela começou a acariciar meu pescoço. Quando ela alcançou meu peito, ela mordeu levemente, provocando, o que me fez arquear minhas costas em resposta. — Você disse que gostava de fazer sexo.

— Você se lembra de coisas assim tão bem.  Mas as coisas que eu quero que você lembre, você nunca faz.

Naquela época... Eu não sabia como lidar com Jao-Jom, eu estava tão perturbada que fiquei sentada sozinha, pensativa. Ela não só não me reconheceu, mas outra pessoa também veio junto com ela.

O retorno de Jao-Jom dessa vez foi como um problema de matemática que levei mais tempo para resolver desde que nasci. Eu não sabia por que ela não conseguia se lembrar de nada. Isso me deixou intrigada o suficiente para pesquisar amnésia no Google e descobrir que isso não acontece realmente no mundo real, apenas em romances e dramas. Na maioria das vezes, se existe, é Alzheimer, onde as células cerebrais morrem gradualmente até que o corpo não aguenta mais e morre. Mas esse é o sistema inteiro, não apagando seletivamente algumas memórias.