37 - Escorregue!

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Que tipo de pergunta é essa?

Fiquei de boca aberta, sem saber se era um teste de intelecto como o problema de matemática anterior. Enquanto eu estava ali, atordoada na entrada do banheiro, um som quebrou o silêncio entre nós, como um sino sinalizando o fim de uma rodada.

Borborygmi...

Meu estômago roncou alto, quebrando o silêncio entre nós. Trocamos olhares estranhos. professora Renu olhou para mim, tentando reprimir um sorriso antes de rir e gentilmente afastar meu rosto.

- Sua idiota, você acabou com o clima.

Foi estranho. Embora hoje tenha sido a primeira vez que tivemos uma conversa de verdade, parecia que nos conhecíamos há muito tempo. Devemos ter feito muitas coisas juntas antes, mas infelizmente, não conseguia me lembrar de nenhuma delas.

Mas foi bom. Mesmo que eu não conseguisse lembrar de nada, os bons sentimentos definitivamente ainda estavam lá.

- Ainda não jantei, mas não se preocupe. Não vou te incomodar. Vou procurar algo para comer. Você pode relaxar.

Quando eu estava prestes a sair para pegar minha carteira, de repente fui puxada para um abraço apertado. O tremor me deixou um pouco atordoada, e eu só consegui revirar os olhos na altura dos ombros, já que éramos da mesma altura.

- Uh... Tem algo errado?

- Não vá! Você não pode ir!

- O quê?

- Você não pode ir comprar comida!

Que crueldade! Que tipo de aviso é esse? Parecia me dizer para tomar cuidado com o fogo ou que havia gás perigoso à frente. Mas aqui estava eu, apenas com fome, e não podia ir.

- Meu estômago vai roncar a noite toda e te incomodar.

- Peça uma entrega.

- O... Ok.

Mesmo que eu tenha concordado, eu ainda não estava liberada. Eu podia sentir um medo frenético, o que me fez sentir pena. Eu tive que abraçá-la de volta, tentando confortá-la, antes de me desembaraçar lentamente e orientando professora Renu a sentar na cama para se acalmar. De alguém que estava me provocando há poucos momentos, ela se transformou em alguém medrosa. Achei que precisava distraí-la um pouco.

Eu tinha planejado tomar um banho, mas agora esqueci tudo.

- Hum... Como você pede comida pelo telefone? Acho que já vi em anúncios. Você pode me ensinar? Qual aplicativo eu preciso usar? - Entreguei meu telefone para a pessoa de rosto doce para encontrar o aplicativo, mas ela apenas olhou para o fundo da tela mostrando uma imagem do Intuorn.

Claro... Eu não configurei sozinha. Não sei fazer nada.

- Quem é?

- Esta é In, minha amiga que mencionei antes. - Apresentei-a um pouco timidamente, mas parecia que isso poderia mudar de assunto para a professora esquecer de pedir comida.

Não, Walt. Se esquecermos de pedir comida, vou passar fome... waah...

- Você disse que são as mais próximas do mundo agora. Que tipo de relacionamento é esse... chefe? Amiga? Amante?

- Ela é amiga e chefe, me apoiando em tudo.

- E uma amante?

- Não uma amante.

- Uh-huh... Mas se ela for uma amiga ou chefe, ela tem que comprar um telefone para você também? Isso não é um pouco carinhoso demais? E esse toque... É a voz dela, certo?

Ritmo Vol. 2 - Você é o Ritmo do meu coraçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora