Casada Por Contrato com o CEO

Capítulo 17

Capítulo 17

Helena experimentou o vestido com uma expectativa contida, mas assim que se olhou no espelho, teve certeza. O tecido macio abraçava suas curvas na medida certa, o corte elegante destacava sua figura sem exageros, e os detalhes em renda davam o toque de sofisticação que ela procurava. Era o vestido perfeito.

- Acho que é esse - disse ela, sorrindo para a vendedora.

- Sabia que você ia gostar - respondeu a mulher, já chamando a costureira para os ajustes.

Depois de deixar o vestido na loja para as últimas modificações, Helena sentiu um alívio, mas sabia que ainda faltavam algumas coisas. Seguiu para uma loja de sapatos, onde, com a ajuda da vendedora, escolheu um par que combinasse com o vestido, confortável o suficiente para aguentar uma longa noite de evento. Em seguida, foi até uma floricultura para encomendar o buquê, optando por algo simples e elegante, que refletisse sua personalidade.

Cansada de tanto ir de loja em loja, Helena finalmente voltou para casa. Quando abriu a porta, jogou as chaves na mesa e se largou no sofá, soltando um suspiro profundo.

- Quem diria que casar daria tanto trabalho... - murmurou para si mesma, com os pés doloridos.

Ela fechou os olhos por um momento, tentando relaxar, mas a mente ainda estava cheia de tarefas e detalhes para resolver. Já não era mais apenas o casamento; era todo o planejamento em torno do evento beneficente, das roupas, das pessoas que encontraria. Embora estivesse animada, o cansaço tomava conta.

- Preciso de uma pausa... - sussurrou, deixando-se afundar mais no sofá, enquanto sua mente vagava, pensando no grande evento que estava por vir.

O dia seguinte começou como qualquer outro para Helena. Ela acordou cedo, foi trabalhar, cumpriu seus treinos e, durante as horas vagas, ainda conseguiu resolver os últimos detalhes que faltavam sobre o vestido de casamento. Escolheu acessórios, definiu como queria os ajustes finais, e cada pequena decisão parecia um passo mais próximo do grande dia. Contudo, com tanta correria, mal teve tempo para descansar.

O dia foi passando sem interações com Adrian. Nenhuma mensagem, nenhuma ligação. Eles haviam conversado brevemente no dia anterior sobre alguns detalhes, mas hoje o silêncio predominou entre os dois. Helena sabia que Adrian também estava ocupado com os preparativos para a festa beneficente, então decidiu não se preocupar tanto com a falta de comunicação.

Quando chegou em casa, exausta da academia. Ela rapidamente entrou no chuveiro, deixando a água quente escorrer por seu corpo, aliviando um pouco as tensões do dia.

Assim que saiu do banho, secou-se lentamente, a mente já começando a desligar, lutando contra o sono iminente. Colocou um pijama confortável e deitou-se na cama, prometendo a si mesma que jantaria em breve. No entanto, assim que sua cabeça encostou no travesseiro, os olhos se fecharam e, antes que percebesse, já estava dormindo profundamente.

Horas depois, no silêncio da madrugada, o telefone ao lado de sua cama vibrou suavemente. Era uma mensagem de Adrian. A tela brilhou, iluminando o quarto por alguns segundos, mas Helena estava imersa no sono, sem sequer perceber o som ou a luz.

O telefone vibrou novamente, uma segunda mensagem, mas ela continuava a dormir profundamente, o cansaço sobrepujando qualquer som.

***

Adrian estava deitado em sua cama, o quarto iluminado apenas pela luz suave da tela de seu celular. Ele observava a última mensagem enviada para Helena, sem resposta. Suspirou, frustrado, ao ver que ela não estava online. Não tinha ouvido nada dela o dia inteiro, e agora começava a se questionar o motivo.

Ele passou o polegar pela tela, lendo e relendo o que havia escrito. "Espero que seu dia tenha sido bom. Me avise quando puder falar." Nada. Nem um sinal de vida. Ficou olhando para o ícone de mensagem lido, mas nenhum sinal de atividade.

- O que ela está fazendo? - murmurou para si mesmo. Ele sabia que Helena tinha uma vida agitada, com o trabalho e os preparativos do casamento, mas ainda assim, a falta de contato o incomodava mais do que gostaria de admitir.

Adrian suspirou profundamente e jogou o celular de lado, deixando-o cair suavemente sobre o colchão. Ficou sentado, encostado na cabeceira da cama, o olhar perdido no teto enquanto seus pensamentos se embaralhavam.

- Por que estou tão chateado com isso? - perguntou em voz alta, como se o som das palavras pudesse esclarecer seus sentimentos. Sabia que não havia motivo real para tanta angústia, mas ainda assim, não conseguia ignorar o aperto que sentia no peito.

Por mais que tentasse afastar a ideia, uma coisa ficou evidente para ele ao longo do dia: sentia uma necessidade crescente de estar perto de Helena, uma vontade inexplicável de vê-la, de ouvi-la, e, acima de tudo, de beijá-la novamente. A lembrança dos lábios dela ainda queimava em sua mente, uma sensação que ele não conseguia sacudir, por mais que tentasse.

- Isso não faz sentido... - balançou a cabeça, tentando afastar os pensamentos. Mas quanto mais tentava, mais a imagem de Helena invadia sua mente. Seus olhos, o jeito como ela falava. O toque rápido de sua mão em seu traseiro durante o beijo... Ele se amaldiçoou mentalmente por lembrar disso com tanta clareza.

- Preciso parar com isso. - Ele passou as mãos pelos cabelos, bagunçando-os levemente em um gesto de frustração. Estava se deixando levar por algo que, até então, ele não queria reconhecer. Estava ficando obcecado por Helena.

Adrian se ajeitou na cama, respirando fundo novamente, tentando se convencer de que era apenas cansaço e que, no dia seguinte, tudo pareceria mais claro. Afinal, o casamento e a festa beneficente estavam à porta, e ele precisava se concentrar nas próximas etapas. Mas, por ora, a única coisa que preenchia seus pensamentos era o desejo incontrolável de estar perto dela.

E isso, por mais que ele tentasse negar, o deixava profundamente inquieto.

***

Helena acordou na manhã seguinte com o corpo ainda pesado do cansaço do dia anterior. Espreguiçou-se lentamente. Já era quase hora de ir malhar, então, sem pensar muito, levantou-se e seguiu sua rotina matinal. Vestiu-se rapidamente, tomou o café da manhã e, enquanto lavava a xícara, foi quando algo lhe ocorreu.

- O celular... - murmurou, lembrando que não havia checado as mensagens desde a noite anterior.

Pegou o aparelho na mesa ao lado da cama e, assim que desbloqueou a tela, viu a mensagem de Adrian. Sentiu um leve aperto no peito ao perceber que ele tinha enviado a mensagem na noite anterior, e ela sequer tinha visto. Abriu o chat e leu:

"Espero que seu dia tenha sido bom. Me avise quando puder falar."

Helena respirou fundo, sentindo-se um pouco culpada. Adrian parecia estar esperando por uma resposta, e ela simplesmente apagou de tanto cansaço. Sentou-se na cama por um momento, pensando no que responder.

"Desculpa por não ter respondido ontem, eu estava exausta e apaguei assim que cheguei em casa. Foi um dia cheio, mas está tudo bem. E você? Como está?"

Ela hesitou por um segundo antes de enviar, mas decidiu que não podia ignorar o quanto ele estava sendo gentil com ela. Embora soubesse que ainda tinha muito a pensar referente ao casamento, algo na maneira como Adrian a tratava a fazia sentir-se confortável.

Depois de enviar a mensagem, Helena pegou suas coisas e se preparou para sair.