Casada Por Contrato com o CEO

Capítulo 63

Capítulo 63

Adrian ligou para Helena várias vezes, ela não atendeu nenhuma ligação, um alerta começou a soar em sua mente. Ela sempre atendia ou retornava suas ligações rapidamente, e a falta de comunicação se transformou em desespero.

Com passos nervosos, ele se dirigiu ao escritório da mansão. A ansiedade o consumia enquanto passava as mãos pelos cabelos, repetidamente. Assim que chegou ao computador, ligou-o e rapidamente acessou o sistema, determinado a descobrir o que havia acontecido. Com habilidade, ele entrou no rastreador da moto e a encontrou. A localização indicava que Helena estava muito afastada, e sua mente imediatamente pulou para duas possibilidades: ou a moto tinha sido roubada ou ela estava fugindo de algo.

- Merda! Merda! - ele exclamou, batendo a mão na mesa, incapaz de conter a frustração.

Com dedos trêmulos, ele pegou o celular e discou rapidamente para o número do chefe dela. Assim que a chamada conectou, sua voz era carregada de urgência.

- É Adrian Turner. Precisamos falar. Helena não está respondendo e... - ele hesitou, a preocupação evidente em seu tom. - Estou vendo a localização dela, e não parece boa. Você precisa enviar alguém para encontrá-la imediatamente.

Do outro lado da linha, o chefe de Helena suspirou, sabendo que Adrian merecia a verdade. Após um momento de hesitação, ele respondeu:

- Adrian, eu... já enviei reforços. Helena mencionou que estava sendo seguida. - Ele fez uma pausa, a voz séria e ligeiramente preocupada. - Achei que seria melhor você saber. Sei que, apesar de tudo, vocês são casados... Mesmo que, bom, não seja um casamento tradicional.

Adrian respirou fundo, tentando processar a informação. O que começou como uma sensação ruim agora era um alarme disparado em sua mente. Ele não podia negar o laço que os unia, mesmo que tudo tivesse começado como uma conveniência.

- Entendo. Obrigado por me avisar... Vou direto para lá.

Desligando, ele rapidamente pegou as chaves do carro e saiu da mansão, dirigindo com pressa, o coração acelerado e os pensamentos apenas em Helena, desejando chegar a tempo de ajudá-la.

O chefe de Helena olhou para o telefone e o desligou, visivelmente preocupado com o que Adrian disse, mas acreditava que, até lá, tudo já estaria resolvido e Helena estaria segura. Tentando manter a calma, ele contatou as viaturas.

- Richard, onde estão? - perguntou, ansioso.

- Estamos perto da localização, chefe. Precisamos de mais cinco minutos - respondeu Richard pelo rádio.

O chefe passou a mão pela cabeça, sem um único fio de cabelo, franzindo os lábios em tensão. Ele sabia que Helena provavelmente não tinha cinco minutos.

- Cinco minutos? Vocês não têm cinco segundos! Acelerem essa porcaria! Corram! Se algo acontecer com ela, eu mesmo acabo com vocês!

- Sim, senhor! - Richard respondeu, antes de desligar. Olhando para a colega ao lado, ele ordenou: - Pisa fundo! Rápido, ou o chefe acaba com a gente.

A colega assentiu, acelerando ainda mais, determinada a chegar a tempo.

***

Helena sentiu o coração bater forte, quase abafando o som dos passos pesados dos homens que corriam em sua direção. Sua mente parecia em branco, o corpo reagindo no instinto. Quando seus olhos se fixaram na arma caída ao lado da moto, ela sabia que era sua última chance. Ainda tinha dois tiros.

Sem hesitar, ela se lançou no chão, pegou a arma, mirou rapidamente e atirou. Os dois primeiros homens caíram antes mesmo de entenderem o que os atingiu. Restava um, que avançava com uma expressão de fúria. Antes que pudesse respirar aliviada, ouviu um ruído e, de dentro do mato alto, surgiu outro homem, com o olhar fixo nela.

Helena se levantou de imediato, os músculos tensos. Não tinha mais balas. Os dois homens se aproximaram com sorrisos ameaçadores, prontos para atacá-la.

- Você já era, querida - um deles disse com um sorriso cínico.

Ela segurou o capacete firmemente, encarando-os sem recuar.

- Venham, então. Vou adorar ver a cara de vocês no chão - respondeu, sarcástica, escondendo o nervosismo.

O primeiro se aproximou rápido, mas Helena girou o capacete e acertou com força no rosto dele, fazendo-o cambalear para trás. O segundo homem tentou agarrá-la por trás, mas ela se abaixou, fazendo-o perder o equilíbrio. Sem dar espaço, ela acertou o capacete contra o ombro dele.

- Ah! - ele gritou, sentindo o impacto, mas reagiu puxando-a pelos braços.

Helena lutava com todas as forças, sentindo a dor do ombro ferido latejar, mas não se permitia ceder. Finalmente, conseguiu acertar um golpe direto no rosto de um deles, que caiu inconsciente.

O último homem a segurou pelo braço com brutalidade.

- Não pense que vai escapar fácil, garota! - sussurrou, aproximando o rosto dela.

Helena soltou uma risada desafiadora, mesmo sem fôlego.

- Eu nunca fui de facilitar a vida de ninguém - murmurou.

Num movimento rápido, usou o capacete para desferir um golpe no queixo dele, fazendo-o cambalear. Aproveitando a chance, o acertou mais uma vez, dessa vez no estômago, até que ele finalmente caiu.

Ofegante e cansada, Helena olhou ao redor, certificando-se de que não havia mais ninguém. Ela respirou fundo, sentindo a adrenalina ainda pulsar, e colocou o capacete de volta, pronta para sair daquele pesadelo.

Foi então que ouviu o som de sirenes ao longe.
As luzes das viaturas iluminaram o local enquanto Helena respirava aliviada ao ver que o reforço finalmente havia chegado. Richard saiu do carro, o rosto tenso e ansioso, correndo até ela.

- Helena! Você está bem? - perguntou, segurando delicadamente o braço dela enquanto analisava o machucado. - Precisa de cuidados, isso não parece nada leve.

- Vou sobreviver, Richard, já passei por coisas piores - ela respondeu, tentando aliviar a preocupação dele com um sorriso cansado.

De repente, um som de pneus derrapando chamou a atenção dos dois. Um carro parou bruscamente, levantando uma nuvem de poeira ao redor, e antes que pudessem reagir, Adrian saiu do veículo às pressas.

Com passos rápidos e uma expressão de puro desespero, ele correu até Helena, envolvendo-a num abraço apertado. Richard soltou o braço dela, afastando-se discretamente, mas ainda atento.

- Helena... - Adrian sussurrou, a voz trêmula enquanto segurava o rosto dela entre as mãos, examinando-a dos pés à cabeça. - Você está bem? Eu estava desesperado... por favor, me diz que está bem.

Ela sorriu levemente, tocando a mão dele.

- Estou inteira, Adrian. Foi só um arranhão - respondeu, tentando acalmá-lo.

Adrian a abraçou novamente, com ainda mais força, como se temesse perdê-la.

- Só um arranhão? - ele murmurou ao pé do ouvido dela. - Sabe o quanto eu fiquei preocupado? Te liguei várias vezes... não sabia o que estava acontecendo... foi um inferno.

Helena acariciou o ombro dele, respirando fundo.

- Está tudo bem agora, Adrian. Graças a você e à equipe - ela respondeu, lançando um olhar agradecido a Richard, que observava de longe com um sorriso discreto.

Adrian a puxou para mais perto, não se importando com quem estava assistindo.

- Nunca mais me assuste assim - ele sussurrou, com a voz ainda carregada de emoção e a beijou.