Capítulo 56

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Capítulo 56

Adrian acordou no meio da madrugada com o estômago roncando de fome. O silêncio da noite o envolvia, e ao se virar na cama, seus olhos pousaram em Helena. A luz suave do abajur iluminava sua pele nua, ressaltando cada detalhe de sua beleza adormecida. Ele sabia que aquilo, a intimidade crescente entre eles, não fazia parte do acordo inicial. Mas desde o primeiro beijo, algo mudou dentro dele. A atração era irresistível, quase impossível de ignorar.

Adrian lutava contra o impulso de se deitar sobre ela novamente, de acordá-la suavemente com o corpo dele unido ao dela. Seus pensamentos eram dominados por essa vontade, especialmente ao sentir seu próprio desejo aumentar. Mas, ao observar o rosto sereno de Helena enquanto dormia, ele suspirou exasperado, decidindo deixá-la descansar.

Com cuidado, levantou-se da cama, vestiu uma bermuda de algodão e saiu do quarto. Desceu para a cozinha descalço, o silêncio da mansão sendo quebrado apenas pelo som de seus pés leves contra o chão. Ao chegar à cozinha, abriu a geladeira em busca de algo para matar a fome. Enquanto preparava um sanduíche, seus pensamentos voltaram para Helena. Aquela mulher o estava mudando de uma forma que ele não previa, e isso o incomodava.

Seus olhos percorrendo as prateleiras em busca de algo rápido para comer. Pegou alguns ingredientes, para montar um sanduíche simples. Quando fechou a porta da geladeira, um calafrio percorreu sua espinha. Ao se virar, lá estava ela: Helena, encostada no batente da porta da cozinha, o observando com um olhar enigmático.

Seus cabelos caíam levemente sobre os ombros, e o roupão que ela vestia mal cobria suas pernas. Ela o fitava em silêncio, como se estivesse o estudando, e Adrian ficou momentaneamente sem palavras, pego de surpresa pela presença dela àquela hora da madrugada.

— Não consegui dormir — ela finalmente quebrou o silêncio, seus olhos fixos nele, como se pudesse ler seus pensamentos.

Adrian engoliu em seco, a proximidade dela reacendendo o desejo que ele havia tentado controlar momentos antes. Ele deu um sorriso meio desconcertado e perguntou, com a voz baixa:

— Está com fome também?

Helena deu um passo à frente, os olhos brilhando como se soubesse exatamente o que estava acontecendo na mente dele.

— Talvez — respondeu ela com um tom sugestivo, aproximando-se mais. — Mas não sei se é de comida...

Adrian sentiu o calor subir pelo corpo, e toda a sua resolução de deixá-la descansar se dissipou no ar.

Ele deixou as coisas no balcão, esquecendo completamente a fome que sentia antes. Seus passos firmes o levaram até Helena, e ele a envolveu pelos ombros, puxando-a para perto, seus lábios encontrando os dela em um beijo ardente. Helena retribuiu com o mesmo fervor, suas mãos subindo pelas costas dele enquanto o desejo entre ambos reacendia, como se nunca tivesse sido saciado.

"Nem parece que acabei de satisfazer essa mulher", pensou Adrian, sentindo seu corpo reagir de imediato à intensidade do momento. Ele a queria novamente, mais uma vez.

Helena, como se pudesse ler seus pensamentos, deu um passo para trás e, em um movimento lento e deliberado, abriu o roupão. Seus seios nus apareceram diante dele, perfeitos e convidativos, e logo abaixo, ela usava uma micro calcinha que o enlouqueceu por completo. Adrian quase perdeu o controle ao vê-la daquele jeito.

Sem dizer uma palavra, ele a puxou para si novamente, suas mãos descendo pelas curvas dela, explorando o corpo quente que o atraía como um ímã. A fome de antes se transformou em algo mais primitivo, um desejo intenso que não poderia ser ignorado. Ele sabia que precisava dela outra vez, e pelo sorriso nos lábios de Helena, ela também estava pronta para mais uma rodada.

Adrian a pegou pela cintura e a colocou sobre a mesa, sua boca descendo pelo pescoço dela enquanto suas mãos trabalhavam para livrá-la da última peça de roupa.

Helena arqueou as costas, sentindo as mãos dele deslizarem pelas suas coxas, enquanto a calcinha minúscula era removida rapidamente.

Ele não perdeu tempo, posicionando-se entre suas pernas. A urgência nos movimentos de Adrian revelava que, dessa vez, seria rápido, mas não menos intenso. Ele a penetrou de uma vez só, arrancando um gemido abafado de Helena, que agarrou os ombros dele, cravando as unhas na pele dele. Adrian se movia com força e precisão, suas investidas rápidas e profundas fazendo o corpo dela reagir instantaneamente.

Helena inclinou a cabeça para trás, sentindo cada impulso, enquanto as mãos dele a seguravam firme pela cintura. A mesa balançava levemente com o ritmo frenético que os dois criaram. O prazer aumentava a cada segundo, e logo eles estavam à beira do êxtase.

Adrian olhou para ela, seus olhares se encontraram por um breve momento, antes que ambos fossem consumidos pelo clímax inevitável. Helena foi a primeira a gemer alto, sentindo seu corpo tremer em espasmos intensos, e, logo em seguida, Adrian a acompanhou, soltando um grunhido rouco enquanto liberava todo o seu prazer.

Ambos ofegavam, seus corpos ainda conectados, enquanto o silêncio da cozinha voltava aos poucos. A respiração pesada deles ecoava no ambiente, e o calor do momento começava a se dissipar.

Adrian a puxou para um beijo suave, dessa vez sem pressa. Depois a ajudou a colocar o roupão, a calcinha colocou no bolso da bermuda. Ajudou ela a se sentar e pegando o que havia separado, fez um lanche para cada um.

Helena agradeceu e começou a comer com gosto, mas de repente uma preocupação surgiu em sua mente. Ela olhou para Adrian com um semblante apreensivo. Dessa vez, foi ela quem esqueceu do preservativo. Embora fosse pouco provável engravidar, já que estava tomando anticoncepcional para regular a menstruação, ela achou que seria melhor conversarem sobre o uso de preservativos dali em diante.

— Por que essa carinha de preocupação? — Adrian perguntou, percebendo a mudança de humor, enquanto dava mais algumas mordidas no lanche.

— Acho que deveríamos começar a usar preservativo — respondeu ela, tentando parecer tranquila.

— Sim, claro. Podemos usar — disse ele prontamente, e o tom calmo dele a fez relaxar.

Ela voltou a comer mais tranquila e, após alguns minutos, comentou sobre os planos para o dia seguinte.

— Vou te visitar na empresa amanhã para começarmos as investigações.

Adrian sorriu.

— Será um prazer ter você ao meu lado, querida.

Depois de terminarem a refeição, os dois caminharam de mãos dadas até o quarto, onde se deitaram e adormeceram abraçados, confortáveis e em paz com o momento que estavam vivendo juntos.

Casada Por Contrato com o CEOOnde histórias criam vida. Descubra agora