Capítulo 13

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Capítulo 13

Adrian ainda segurava a mão de Helena ao ajudá-la a se levantar do sofá quando seu olhar se voltou para as janelas. Ele franziu o cenho ao perceber uma discreta movimentação, quase imperceptível, do lado de fora.

— Temos companhia — sussurrou, sem soltar a mão dela.

— O quê? Aqui dentro? — Helena perguntou, surpresa.

— Sim — ele confirmou, mantendo a calma.

— Droga! Se eu pudesse dar uma surra neles — ela disse exaltada, tentando conter a raiva. — O que vamos fazer?

Adrian a encarou por um segundo antes de sugerir:

— Dar o que eles querem, se você não se importar.

Helena o olhou com curiosidade, tentando entender a ideia.

— O que tem em mente? — perguntou, desconfiada.

— Um momento íntimo, do jeito que eles querem — ele respondeu com um sorriso malicioso, seus olhos brilhando de astúcia.

Helena hesitou por um segundo, ponderando a proposta, mas sabia que essa era a maneira mais eficiente de manter as aparências e, ao mesmo tempo, despistar qualquer suspeita.

— Certo — disse ela, com um sorriso determinado. — Vamos dar a eles o que querem.

Adrian a puxou gentilmente para mais perto, posicionando-se de maneira estratégica em frente às janelas. Lentamente, ele inclinou a cabeça e aproximou os lábios dos dela, criando o momento perfeito.

Durante o beijo, Adrian se deixou levar pela empolgação e apertou a cintura de Helena, suspirando em seus lábios. Ela sentiu a mudança nele, uma intensidade que não havia percebido antes, e se deixou envolver pelo beijo, correspondendo com vontade.

Adrian exigiu mais da boca dela, por instinto, desceu a mão, passando suavemente pelo traseiro dela antes de voltar rapidamente para a cintura.

Helena se afastou um pouco, ofegante, e olhou nos olhos de Adrian, buscando compreender o que estavam fazendo, mas a chama entre eles já havia se acendido. O que deveria ser apenas uma encenação estava se transformando em algo além, e ela não conseguia evitar a atração crescente que sentia por ele.

Enquanto Helena tentava recuperar o fôlego e entender o que havia acabado de acontecer, Adrian observou a cena na entrada. Os repórteres estavam sendo rendidos pelos seguranças da mansão. Um deles gritava desesperado pela mãe, enquanto o outro se queixava do dedo quebrado que um segurança segurava com firmeza.

Adrian olhou para Helena, fazendo um gesto educado.

— Um momento, por favor — disse, antes de se dirigir à entrada. Ele se aproximou de um dos seguranças e murmurou algo em seu ouvido, pedindo discretamente para que deixassem os repórteres com as câmeras.

— Senhor, eles não deveriam ter entrado aqui. Sinto muito.

— Eu sei. Deixe-os com as câmeras, e que eles façam o que quiserem com as fotos.

O segurança hesitou, mas acabou concordando, percebendo que Adrian estava certo.

— Sim, senhor. Mas vou garantir que não voltem a entrar aqui.

Adrian voltou para a sala, onde Helena o aguardava, ainda processando tudo.

— O que você decidiu? — ela perguntou, intrigada.

— Vamos dar a eles algo para falar — Adrian respondeu, um brilho desafiador em seus olhos.

***

Após o jantar, enquanto os dois se acomodavam na sala, Adrian comentou sobre a invasão e a má repercussão na mídia.

— Eu pedi ao advogado para tentar adiantar o casamento — ele disse, seu tom sério refletindo a preocupação com a situação.

Então, ele puxou um cartão do bolso e entregou a Helena.

— Aqui, use isso para o que precisar. Especialmente para o vestido de casamento.

Helena olhou para o cartão, boquiaberta.

— Que tipo de vestido? — ela perguntou, sua curiosidade crescendo.

— O tipo mais caro que você encontrar — respondeu Adrian, um sorriso malicioso surgindo em seu rosto.

Ela balançou a cabeça, ainda em choque, mas uma parte dela se sentiu lisonjeada.

— Você não precisa fazer isso. Posso comprar algo mais simples.

— Não — ele insistiu, a firmeza em sua voz deixando claro que não aceitaria um "não" como resposta. — Precisamos que tudo esteja perfeito, especialmente agora.

Helena hesitou, mas a ideia de ter a chance de escolher algo deslumbrante a empolgou.

— Está bem, eu vou considerar. — Sua voz tremia de excitação, misturada com a incerteza que a envolvia.

Adrian a observou, satisfeito, e decidiu que a noite ainda não havia acabado.

— E então, o que você acha de celebrarmos com um brinde? — Ele pegou duas taças de champanhe e as encheu, olhando nos olhos dela enquanto levantava a taça. — À nova vida que estamos começando juntos. — Ele sorriu, e Helena retribuiu, apesar de ainda estar intrigada com tudo o que estava acontecendo.

Helena levantou a taça, ainda um pouco confusa, e olhou para Adrian, seu olhar refletindo a mistura de emoções que sentia.

— À nova vida que estamos começando juntos — repetiu ela, um sorriso nervoso aparecendo em seu rosto.

Os dois brindaram, e o tilintar das taças ressoou no ambiente. Helena tomou um gole do champanhe, sentindo o sabor suave, mas a incerteza continuava presente. O que realmente significava esse "começo"? E qual seria o impacto em sua vida?

Adrian, percebendo seu semblante pensativo, perguntou suavemente:

— Você está bem? Parece distante.

— Estou... apenas tentando processar tudo isso. — Ela suspirou, procurando as palavras certas. — É muita coisa em pouco tempo.

Ele assentiu, compreendendo.

— Eu entendo. Mas quero que saiba que estou aqui para apoiar você, independentemente de como isso se desenrolar.

Helena olhou nos olhos dele, tentando discernir se havia sinceridade em suas palavras ou se era apenas parte do jogo.

— Obrigada, Adrian. — Ela finalmente respondeu, um pouco mais confiante. — Espero que possamos fazer isso funcionar, mesmo com todos os desafios.

***

Ao chegar em casa, já sentia o efeito do vinho e do champanhe misturados. Seu corpo estava relaxado, mas sua mente estava agitada.

"Ele realmente quer que eu compre o que quiser?" pensou, olhando para o cartão brilhando sob a luz do abajur.

Ela tirou os sapatos, sentindo o chão frio de seu apartamento sob seus pés, e foi direto para o espelho.

“Vestidos, joias... tudo parece surreal.”

Ao olhar o próprio reflexo, sorriu com um certo nervosismo. As pressões do casamento, da investigação e agora essa súbita mudança de vida a deixavam atordoada.

Sentindo-se mais leve pela bebida, ela se jogou no sofá, refletindo sobre os acontecimentos da noite e o que viria a seguir. Enquanto mudava de cana com o controle da televisão continuava pensativa, por um instante olhou para o cartão que estava na mesinha de centro. Antes de pensar em qualquer coisa, seu celular vibra.

Casada Por Contrato com o CEOOnde histórias criam vida. Descubra agora