Entre Odiar E Amar

sonhos de verão

Semanas se passaram e o casal precisava definitivamente de um fim de semana a sós, sem câmeras, sem fotos, entrevistas ou trabalho, só precisavam da companhia uma da outra.

Maya e Flávia decidiram aproveitar o sol e foram à praia. O céu estava limpo e azul, e a atmosfera era leve e relaxante. Enquanto caminhavam pela areia, conversando e rindo, uma garotinha de cerca de 2 ou 3 anos se aproximou delas, puxando o vestido colorido enquanto carregava um balde e uma pá.

— Oi! Você quer brincar?—Flávia perguntou, se agachando para ficar na altura da criança, com um sorriso radiante no rosto.

A menininha assentiu animadamente, seus olhos brilhando de entusiasmo. Flávia a convidou a se juntar a elas na construção de um castelo de areia, e rapidamente a garotinha começou a ajudar, enchendo o balde com areia e entregando para Flávia.

Maya observava de longe, com um sorriso no rosto. Ver Flávia interagindo com a criança a tocava profundamente. A maneira como Flávia se iluminava ao brincar, sua voz suave e atenciosa, deixava Maya cheia de esperança e sonhos.

—Olha, Maya! Vamos fazer uma torre bem alta!—Flávia exclamou, enquanto a menina tentava colocar mais areia em cima da primeira camada do castelo.

— Você é incrível com crianças,—Maya comentou, aproximando-se e colocando a mão no ombro de Flávia. — É tão bonito ver você assim.

Flávia olhou para Maya, seu sorriso ainda mais largo. —Eu adoro brincar com elas! Um dia, quem sabe, poderemos ter nossos próprios filhos.

A menininha, que agora estava focada em empilhar areia, lançou um olhar curioso para elas, enquanto Flávia continuava a construir o castelo com a pequena ajudante.

— Você acha que seríamos boas mães?— Flávia perguntou, olhando nos olhos de Maya, esperando uma resposta.

Maya não hesitou. — Com certeza! Você tem um jeito tão especial. Olha como você se conecta com ela!

O coração de Flávia se encheu de alegria. A ideia de construir uma família juntas parecia mais real do que nunca. As duas continuaram a brincar com a garotinha, cada risada e cada momento juntas reforçando a esperança de um futuro repleto de amor e alegrias compartilhadas.

Enquanto Flávia e Maya continuavam a brincar na areia, a menininha já havia se afastado, mas a energia da infância ainda pairava no ar. Maya, com um sorriso travesso, virou-se para Flávia e, de repente, começou a criar um mundo mágico de fantasia.

—E se tivermos filhos um dia—ela começou, olhando nos olhos de Flávia—imagina só como seria?

Flávia sorriu, apoiando-se em seus braços, pronta para ouvir.

—Primeiro, teríamos uma casa enorme, cheia de luz e cores, onde eles poderiam correr e brincar à vontade—Maya descreveu, gesticulando com entusiasmo. —Teríamos um quintal gigante, com uma árvore enorme onde poderiam escalar e construir suas cabanas!

Flávia riu, encantada com a visão de Maya. — E eles fariam um clube secreto lá em cima, com uma senha só para eles!

—Exatamente!— Maya continuou, sua imaginação ganhando vida. —E nos fins de semana, faríamos passeios de bicicleta na praia, com eles correndo à frente, rindo e gritando de alegria!

Flávia começou a visualizar a cena, sentindo seu coração se encher. —E no verão, faríamos piqueniques com sanduíches, sucos e muitas frutas. Eles correriam pela areia, enquanto nós ficaríamos sentadas rindo e tirando fotos.

Maya então adicionou um toque de magia à sua narrativa. —E à noite, contaremos histórias de fadas e super-heróis, enquanto olhamos para as estrelas. Eles ficariam tão encantados que não conseguiriam dormir!