justiça e paz

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No hospital, Flávia não se afastava de Maya nem por um instante. Após os primeiros cuidados, as enfermeiras deixaram as duas a sós por um tempo, permitindo que Flávia cuidasse da namorada de maneira mais pessoal.

Com um pano úmido, Flávia limpou suavemente o rosto de Maya, que ainda estava pálido e com alguns arranhões visíveis. Ela sentia um nó no coração ao ver a dor que Maya havia suportado.

—Maya, eu estou aqui. Você não precisa se preocupar com nada—Flávia dizia, tentando manter a voz tranquila.—A única coisa que importa é que você se recupere.

Maya sorriu levemente, suas energias ainda escassas. —Você me faz sentir melhor, Flá. Só de te ver aqui já é um alívio.

Flávia se sentou ao lado da cama e segurou a mão de Maya com firmeza, sua determinação transparecendo em seu olhar. —Vou ficar aqui o quanto você precisar. Não importa quanto tempo demore.

Assim que os médicos terminaram o atendimento, uma enfermeira entrou para checar os sinais vitais de Maya.—Vocês estão bem? Precisando de algo?—ela perguntou, percebendo a atmosfera carregada de preocupação

—Estamos bem, obrigada— respondeu Flávia, forçando um sorriso.

Após um tempo, a enfermeira saiu, e Flávia aproveitou a oportunidade para colocar sua cabeça no colo de Maya. Elas ficaram em silêncio, desfrutando da companhia uma da outra, embora o medo do que havia acontecido ainda pairasse no ar.

Audiência de Custódia de Diogo e Júlia
22.10.2024
13:49pm
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Enquanto isso, em uma sala de tribunal, Diogo e Júlia estavam lado a lado, aguardando a audiência de custódia. Ambos estavam nervosos e ansiosos, sabendo que o que tinham feito a Maya tinha sérias consequências. O juiz entrou na sala, e a tensão aumentou.

—Estamos aqui para discutir os eventos que levaram à prisão de vocês dois. A acusação é grave e inclui sequestro e agressão—disse o juiz, olhando para os dois com uma expressão séria.

Diogo, tentando manter a calma, olhou para Júlia e sussurrou:—Isso não pode acabar assim. Precisamos nos defender

Júlia, com os olhos arregalados, respondeu: —E se tudo der errado? O que vamos fazer?

A audiência começou, com o promotor apresentando as evidências, incluindo o vídeo que Jade havia gravado no porão. O clima na sala era de reprovação e choque. As palavras do promotor eram pesadas, descrevendo a brutalidade da situação e o sofrimento de Maya.

—Ela estava em perigo, e vocês a mantiveram contra a vontade, causando danos físicos e emocionais— o promotor declarou, olhando diretamente para Diogo e Júlia.

A defesa de Diogo e Júlia, que tentava argumentar que eles não tinham a intenção de machucar Maya, não convenceu a todos na sala. A pressão aumentava, e os olhares de desaprovação dos presentes eram um lembrete constante da gravidade do que haviam feito.

Enquanto isso, do lado de fora do tribunal, Flávia e Jade aguardavam ansiosamente por notícias. Elas sabiam que a justiça precisava ser feita, mas o que mais queriam era que Maya se recuperasse completamente e que elas pudessem superar o trauma juntas.

Durante a audiência de custódia, o clima era tenso e a expectativa pairava no ar. Após a apresentação das evidências e o testemunho do promotor, que expôs com detalhes o sequestro e os abusos cometidos contra Maya, o juiz se retirou para deliberar.

Após alguns minutos que pareceram uma eternidade, o juiz retornou à sala. Ele ajustou os óculos e olhou fixamente para Diogo e Júlia, que se encontravam nervosos, esperando a sentença.

Entre Odiar E AmarOnde histórias criam vida. Descubra agora