Entre Odiar E Amar

meu pequeno raio de sol

O amanhecer na Vila Olímpica chegou lentamente, os primeiros raios de sol penetrando pelas cortinas, iluminando suavemente o quarto onde Maya e Flávia ainda dormiam. O quarto, agora um espaço íntimo e seguro, estava silencioso, exceto pelo som suave da respiração delas. Maya foi a primeira a acordar, seus olhos abrindo devagar enquanto ainda sentia o calor do corpo de Flávia ao seu lado.

Ela se virou lentamente, sorrindo ao ver Flávia ainda adormecida, com a respiração tranquila e os cabelos levemente bagunçados sobre o travesseiro. Maya ficou ali por alguns momentos, simplesmente observando-a, uma mistura de sentimentos a dominando. A noite anterior havia sido intensa de muitas maneiras — o beijo, a conexão física, e, acima de tudo, a aceitação mútua do que estavam sentindo.

Maya suspirou, satisfeita. Ela sabia que algo havia mudado para sempre entre elas. Mas, com essa mudança, também vinham novos desafios. Como seria enfrentar a rotina de treinos, jogos e a convivência constante na Vila com essa nova realidade? Seriam elas capazes de equilibrar tudo? Essa mistura de sensações tomou conta de seus pensamentos enquanto ela se movia lentamente para não acordar Flávia.

No entanto, Flávia se mexeu, sentindo a ausência de Maya ao seu lado. Seus olhos se abriram lentamente, e ao ver Maya ali, sorrindo para ela, uma sensação de conforto e segurança a envolveu.

-acorda preguiçosa-Maya falou dando beijos no rosto da menor

-Bom dia.-Flávia murmurou, sua voz ainda rouca de sono.

Maya sorriu de volta, seus dedos acariciando o rosto de Flávia com suavidade. “Bom dia,” respondeu, sentindo uma onda de ternura crescer dentro dela..

-Bom dia, minha pequena-ela falou sorrindo vendo-a acordar

Elas ficaram assim por alguns momentos, compartilhando a quietude da manhã. Mas logo a realidade começou a se infiltrar em seus pensamentos. O dia estava apenas começando, e em breve, os compromissos da competição e os outros atletas exigiriam sua atenção.

-Eu acho que devíamos levantar antes que alguém venha bater na porta-Flávia sugeriu, embora sem muita vontade de realmente se mover.

Maya riu suavemente, concordando-Sim, provavelmente é uma boa ideia. Mas, sinceramente? Eu preferia ficar aqui com você o dia todo.

Flávia sorriu, esticando-se preguiçosamente antes de se levantar da cama.-Eu também. Mas a realidade nos chama,- disse com uma piscadela, tentando aliviar a seriedade que começava a surgir em seus pensamentos. E se levantou, mas antes de sair da cama deu um selinho na mais alta

-Só isso?- Maya falou inconformada

-te dou quantos beijos você quiser quando a gente escovar os dentes-ela falou de dentro do banheiro

Maya entrou no banheiro abraçando a menor por trás deixando beijos em sua nuca a fazendo arrepiar
Depois de muitas carícias e beijos trocados elas finalmente fizeram a higiene pessoal e foram se trocar

Enquanto se arrumavam em silêncio, trocando olhares cúmplices de vez em quando, ambas sentiam a nova dinâmica entre elas. Já não eram apenas companheiras de quarto ou conhecidas ligadas por Jade. Agora havia uma ligação muito mais profunda, e isso trazia um novo tipo de vulnerabilidade, mas também uma força que nenhuma das duas esperava.

Quando estavam prontas, Maya se aproximou de Flávia, segurando sua mão por um instante antes de saírem do quarto.-Eu sei que hoje vai ser complicado, com os treinos e tudo mais, mas… a gente vai ficar bem, certo?-disse beijando a testa dela

Flávia apertou suavemente a mão de Maya, seus olhos transmitindo uma confiança renovada.-Vamos, sim. Nós já passamos por tanta coisa. Isso é só o começo, Maya. Vamos descobrir como fazer isso funcionar.