insegurança

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O capitulo hoje foi baseado na música
"Insegurança" do pixote, espero que gostem.
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Era madrugada, e o silêncio no quarto de Maya e Flávia era quebrado apenas pelo som suave da respiração das duas. No entanto, Flávia, deitada ao lado de Maya, sentia um turbilhão de pensamentos e emoções a invadirem, algo que não conseguia controlar. Mesmo com os braços de Maya ao redor de si, ela não conseguia afastar aquele sentimento de insegurança, aquele medo de que, talvez, a felicidade que tinha não fosse durar para sempre.

Cautelosamente, Flávia saiu da cama, tomando cuidado para não acordar Maya. Ela desceu as escadas da casa silenciosamente, indo direto para a sala. Ligou a TV em volume baixo, mas nem prestava atenção no que estava passando. Sentou-se no sofá com as pernas encolhidas, abraçando-se como se pudesse encontrar consolo em si mesma. As lágrimas começaram a descer sem que ela pudesse controlar, e, na solidão da noite, ela chorou, tentando não fazer barulho.

Enquanto isso, Maya, que estava em um sono leve, sentiu o vazio ao seu lado. O corpo quente de Flávia já não estava ali. Ela abriu os olhos, confusa, e, em um reflexo, passou a mão no lugar onde Flávia deveria estar. Nada. Levantou-se devagar e, ao sair do quarto, ouviu o som baixo da TV vindo da sala. Intrigada e com uma sensação de que algo não estava certo, Maya desceu as escadas, indo em direção à luz que vinha do cômodo.

Quando chegou lá, o coração de Maya apertou. Ela encontrou Flávia encolhida no sofá, o rosto molhado de lágrimas, tentando, em vão, esconder sua dor. Maya ficou de pé por um momento, observando, tentando entender o que estava acontecendo. O que poderia ter abalado tanto Flávia a ponto de ela estar chorando sozinha no meio da noite?

Sem dizer nada, Maya se aproximou, sentando-se ao lado da namorada. Ela colocou a mão suavemente no ombro de Flávia, fazendo-a sobressaltar por um segundo. Os olhos de Flávia, inchados pelas lágrimas, se voltaram para Maya, que agora a olhava com uma expressão de preocupação e amor.

- O que houve, amor? - Maya perguntou com a voz baixa, cheia de carinho, enquanto passava a mão no rosto de Flávia, limpando uma lágrima teimosa.

Flávia, ainda tentando esconder o que estava sentindo, balançou a cabeça, como se estivesse tentando afastar a conversa. - Não é nada, Maya... eu só... estou com a cabeça cheia, não queria te acordar.

Mas Maya não aceitaria aquela resposta. Ela conhecia Flávia melhor do que ninguém. Sabia que por trás daquele "não é nada" havia um mundo de sentimentos acumulados, um peso que Flávia estava carregando sozinha há tempo demais.

- Flávia, voce precisa desabafar. - Maya insistiu, puxando-a suavemente para seu colo, envolvendo-a em um abraço protetor. - Se for alguma coisa comigo, vamos conversar...eu não quero correr o perigo de um dia você me deixar

Flávia hesitou por um momento, mas o calor do abraço de Maya, e a segurança que aquele gesto trazia, a fez desmoronar de vez. Ela começou a chorar mais forte, soluçando contra o peito de Maya, que a segurava com força, tentando transmitir todo o amor que sentia.

- Eu... eu tenho tanto medo, Maya. - Flávia sussurrou, entre soluços. - Medo de não ser suficiente, medo de te perder. Você é tão incrível, e às vezes eu acho que você vai perceber que merece alguém melhor... alguém que não tenha tantas inseguranças como eu.

As palavras de Flávia cortaram Maya como uma lâmina. Ela nunca imaginou que a mulher que tanto amava pudesse se sentir assim. Acariciando os cabelos de Flávia, Maya a puxou para mais perto, encostando os lábios no topo de sua cabeça.

- Flávia, eu sinto muito que você esteja carregando isso. - Maya falou suavemente. - Mas deixa eu te contar uma coisa. Você é a mulher que eu escolhi, a mulher que eu amo, a mulher com quem eu quero estar todos os dias. Eu sei que, às vezes, a vida pode ser cheia de incertezas, mas tem uma coisa que nunca vai mudar: eu vou estar aqui. Com você. Por você. Sempre.

Flávia levantou os olhos, ainda marejados, mas a sinceridade nas palavras de Maya a tocava profundamente. Ela sabia que Maya estava falando com o coração, e isso começava a dissipar parte do medo que sentia.

- Eu tenho medo de te decepcionar... de não ser o suficiente pra você - Flávia admitiu em um tom mais baixo, sua voz cheia de vulnerabilidade.

Maya segurou o rosto de Flávia, fazendo com que ela a olhasse diretamente nos olhos. - Você nunca vai me decepcionar, Flávia. Você é a melhor coisa que já aconteceu na minha vida. E eu te amo do jeito que você é, com todas as suas inseguranças, medos... tudo. A gente vai superar isso juntas, tá bom? Não precisa carregar isso sozinha.

Flávia assentiu, sentindo o conforto nas palavras da namorada. Ainda com os olhos vermelhos, ela se aninhou novamente no colo de Maya, sentindo o calor e a segurança que aquele abraço sempre trazia.

Elas ficaram em silêncio por um tempo, apenas aproveitando a presença uma da outra. A TV ainda emitia sons de fundo, mas agora, nada mais importava. Para Flávia, o medo não desapareceria de um dia para o outro, mas ela sabia que, com Maya ao seu lado, talvez pudesse enfrentar cada insegurança com mais confiança.

Maya acariciou o rosto de Flávia e a beijou suavemente na testa. - Já é tarde. Vamos voltar pra cama? - ela sussurrou. - Quero te abraçar até você adormecer.

Flávia sorriu levemente, um sorriso cheio de amor e gratidão. - Vamos, sim. Obrigada, Maya... por sempre me fazer sentir melhor.

Maya sorriu de volta, segurando a mão de Flávia enquanto as duas se levantavam, caminhando juntas de volta ao quarto. E, naquela noite, enquanto dormiam abraçadas, Flávia soube que, mesmo com todos os medos e inseguranças, o amor que tinham era forte o suficiente para superar qualquer obstáculo.

Naquele momento, tudo o que ela precisava estava ali, nos braços de Maya.
Que afastou o rosto e falou olhando em seus olhos

-Eu não vou te trair com ninguém, meu amor você tem Minha palavra.
Por que tudo que uma mulher precisa eu tenho em casa...

-Eu te amo, Maya...-Flávia falou sorrindo pra ela enquanto encaixava o rosto no pescoço da namorada

-Eu te amo mais, minha pequena-Maya falou deixando um beijo suave o cabelo da menor.

E assim dormiram, como se fossem uma só...

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Esse foi curtinho pq foi baseado na música, prometo compensar no próximo

Entre Odiar E AmarOnde histórias criam vida. Descubra agora