Capítulo 31 - Laços de Sangue e Sentimentos Vindo a Tona

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Pietro

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Pietro. Obsessivo, stalker... e agora, justiceiro? Era demais, até para mim. Mas será que realmente era? Ele só matava quem já estava condenado ao inferno de qualquer forma. Seria tão ruim assim? A dúvida girava na minha mente, inquietante, insidiosa.

— Aura, terra chamando Aurora — Angel estala os dedos na minha frente, me arrancando dos pensamentos.

Estávamos sentadas no sofá, ainda saboreando os vestígios de um café da manhã caprichado. Pietro saiu pela porta como um furacão quando indiretamente o mandei embora ontem à noite. Minha mente inquietante não me deixou dormir, desmoronando sempre que eu pensava nele. Não importava quantas vezes tentasse afastar os pensamentos, eles sempre voltavam. Ângela não perguntou o motivo de ele ter partido tão rápido, mesmo machucado. Mas, conhecendo-a, sabia que não demoraria a questionar.

— Hã? O que foi? — perguntei, piscando e tentando focar na conversa, meu olhar ainda perdido.

— Porra, eu tô falando há uns vinte minutos sobre como está indo a construção da minha casa e você parece que tá no mundo da lua.

— Desculpa, Angel — murmurei, olhando para as minhas mãos, que agora brincavam nervosamente umas com as outras.

Ela não perde tempo, se aproxima no sofá, os olhos afiados, como se sentisse cheiro de algo a mais no ar.

— Esses pensamentos têm a ver com o maluco de ontem? Aquele com o braço enfaixado que saiu daqui gemendo de dor? — O brilho travesso no olhar dela me faz revirar os olhos.

— Tá, tá, eu confesso. Sim, é sobre Pietro. Feliz agora? — Reviro os olhos novamente, sabendo o que viria a seguir.

Ela solta um gritinho vitorioso. — Eu sabia! — O sorriso é contagiante, mas seu olhar era cheio de maldade.

— Então... o que você falou pra ele sair correndo daquele jeito? — perguntou, tentando disfarçar o riso. — Não me diga que você contou daquela vez que fez xixi no meio da rua de tão bêbada? Eu correria também. — Um riso abafado por sua mão escapa de sua boca.

— Muito engraçado — respondo, cruzando os braços, tentando bloquear a memória que Angel havia trazido à tona. — Eu só... não quis me envolver com um cara que acha que é justiceiro, matando por aí como se fosse normal.

O sorriso de Angel sumiu na hora. O clima mudou, como se de repente a verdade tivesse dado um tapa na cara dela.

— Espera aí... além de stalker, obsessivo e maluco, ele também é assassino? Sério? — Sua voz estava carregada de incredulidade.

— É... isso mesmo. — Suspiro, exausta. — E eu mandei ele embora. Não ia ficar perto de alguém assim.

— Que droga, amiga. — Ela me olha com uma mistura de choque e pena. — Você realmente atraiu essas coisas com os livros que lê, hein? Agora você tem o stalker obsessivo, o que corre atrás de você... só falta o hot.

Perseguição SombriaOnde histórias criam vida. Descubra agora