Capítulo 22 - Conflito Entre Razão e Emoção

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Não consegui dormir a madrugada inteira, tudo o que Pietro me contou repassa na minha mente o tempo todo quando fecho os olhos

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Não consegui dormir a madrugada inteira, tudo o que Pietro me contou repassa na minha mente o tempo todo quando fecho os olhos. Eu precisava conversar com Angel, ela está em choque, achando que ele vai nos matar. Liguei, mas ela está me ignorando, preciso vê-la. Desço as escadas, faço um sanduíche rápido, tomo um copo de suco natural que tinha na geladeira e vou direto para um banho.

Já no carro, olho pelo espelho e vejo que está se formando um engarrafamento, cruzo os braços até finalmente o caminhão à minha frente começar a andar. O que era para ser quatro minutos até a casa dela, levaram dez.

O lar aparenta estar vazio, tudo quieto demais para uma manhã de segunda-feira. Sabia que o horário que pegava no trabalho era às 06:50, já tinha passado das 07:00. Porra de trânsito que me atrasou. Dou a meia volta e entro no carro dirigindo até o Pet shop em que ela trabalhava.

Faço a baliza com precisão e desço do carro, O barulho dos sinos dos ventos ecoam enquanto entro. Um homem simpático me cumprimenta e pergunta se pode me ajudar. Peço para falar com Ângela Mancini. Logo minha amiga aparece com um jaleco, como tinha dito para ela fazer, cheio de patinhas de cachorrinhos. Não contenho o pequeno sorriso de admiração.

— Oi, eu passei na sua casa, mas você não estava, o trânsito tá horrível, então achei que você estaria aqui já.

— Oi — ela diz com um olhar que não consigo distinguir de primeira.

— Podemos conversar? — pergunto séria quando noto que seu semblante está abatido.

— Claro, mas aqui não, vamos lá fora. — Ela diz enquanto deixa o estetoscópio na mesa junto com o jovem que me atendeu antes.

— Eu sei que você deve estar enlouquecendo com isso — começo. — Pietro não vai nos matar, ele foi ontem lá em casa e nós acabamos conversando sobre algumas coisas...

— Aurora, você tem noção do que está dizendo, o cara é um psicopata louco, você acha mesmo que depois do que fizemos ele vai deixar por isso mesmo? — diz, dando um sorriso sem humor.

— Me escuta, tá? Por favor. — Ele contou sobre o passado dele, e deu para entender o porque é assim. E sobre Vittorio — falo em um tom baixo. — Ele tinha várias denúncias e foi preso por agressão a mulheres.

Abro a bolsa que estava segurando e entrego os mesmos papéis que Pietro me mostrou.

— Puta merda, ele podia ter feito isso com você, amiga — diz agora com os olhos arregalados quando termina de ler.

— É, ele podia, mas enfim, não vim aqui para falar disso, vim aqui para te tranquilizar. — Olha, Angel, eu acredito que Pietro não é uma má pessoa, mas a vida e coisas fizeram ele se tornar essa... — faço uma pausa procurando as palavras certas. — Essa pessoa estranha.

Uma risada ressoa. — Acho que "estranha" não seria a palavra correta para ele, mas entendo o que quer dizer. Porém, ainda acho que devíamos ficar na defensiva, nunca se sabe, né? E espera aí, como ele entrou na sua casa se você colocou o sistema?

Perseguição SombriaOnde histórias criam vida. Descubra agora