Capítulo 13 - Caçada em Meio a Tempestade

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— Volte logo, sentirei saudades — digo o abraçando e com lágrimas nos olhos

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— Volte logo, sentirei saudades — digo o abraçando e com lágrimas nos olhos.

— Para com isso, senão vou chorar também. Te amo, fica bem — fala, me dando um beijo no topo da cabeça.

Com os olhos marejados, tiro da bolsa a câmera digital que meus pais me deram de aniversário e proponho:

— Vamos tirar uma foto para guardar de recordação. Sei que demorará para nos vermos de novo.

— Claro, meu bem, vem aqui — Juan me puxa para seus braços e eu arrumo o ângulo da câmera, virando para nós e tirando a foto. Um beijo molhado no rosto me faz corar.

— Ficou linda — digo, chorando novamente enquanto guardo a câmera.

Escuto a voz doce de uma locutora falando o nome do voo do meu amigo e percebo que está chegando a hora.

— Bom — diz, pegando as malas com um olhar singelo. — É hora de ir.

— Eu sei, vou sentir muitas saudades — falo, enxugando o rosto.

Juan me puxa para um último abraço antes de ir em direção à sala de embarque.

— Te amo — expresso em tom alto. Ele se vira, sorrindo e deixando um beijo no ar.

Já estava anoitecendo, e sentia uma angústia no peito e uma falta, acostumada com a sua companhia. Liguei a TV para não ficar em completo silêncio a casa.

O jornal anuncia uma tempestade chegando, e me preocupo quase de imediato por causa do meu amigo. Assim que ele pousasse, eu ligaria para saber se chegou bem. Desligo a televisão e vou até a cozinha. Abro a porta, pego uma caixinha de chá, boto a água para esquentar e pego meu Kindle.

Que Deus não contasse isso como pecado, porque eu estaria com a passagem para o inferno já.

Abro o livro "Love In The Dark" da autora Ellie Morgan e continuo o capítulo oito de onde parei.

A chaleira chia, me fazendo pular de susto, estava em uma parte onde o "Diabão" estava prensando Dyto na parede do banheiro, e sem perceber, já estava cruzando as pernas.

Deixo o livro no sofá e apressada vou desligar o fogão. Agora, com a xícara já em mãos, sinto o cheiro delicioso de maçã verde invadir a sala de estar. Enquanto bebo o líquido, fico cada vez mais empolgada com a cena. Percebo que começou a chover.

Perfeito! Amo ler em dias chuvosos.

De repente, sinto uma sensação estranha, como se estivesse sendo observada. Tento me concentrar novamente e ignorar o sentimento.

As luzes começam a piscar

— Maravilha, não vou conseguir terminar de ler porque vai faltar energia — digo em tom sarcástico.

Começo a ler mais rápido para dar tempo de terminar o capítulo, mas logo ouço um barulho vindo do corredor acima.

Em alerta, largo o chá na mesinha de apoio junto do leitor de livros e novamente aquela sensação de estar sendo vista volta, um calafrio sobe pela minha espinha me fazendo estremecer.

Perseguição SombriaOnde histórias criam vida. Descubra agora