Capítulo 33 - O Perigo que Nos Rodeia

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Barulho de sirenes me faz pular da cadeira do escritório e olhar pela janela

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Barulho de sirenes me faz pular da cadeira do escritório e olhar pela janela. Um tumulto grande de pessoas ali em volta se formava. Alguns socorristas de jaleco branco caminhavam a caminho da entrada da empresa. Meu coração quase salta pela boca. O que estava acontecendo? Corro pelo corredor amplo que, agora com a adrenalina em meu corpo, faz parecer minúsculo. Minhas pernas não conseguem acompanhar o ritmo e parecem não ter força para fazê-lo.

Entro no elevador de supetão quando a porta se abre, minhas mãos trêmulas apertam o botão para me levar até a recepção. Finalmente ele se abre, o que vejo é pior do que imaginava. Muito sangue por todo o piso. Rastros do que julgo ser botas estão marcados desde o corredor do banheiro até a saída da empresa.

— O que aconteceu? — Pergunto, aturdida. 

— Foi tudo muito rápido, mas eu vi o chefe levando um homem alto para fora, entrou em um carro e deram partida. — Quem responde é uma recepcionista.

Meu coração erra uma batida. Pietro. Ele estava ferido? O que aconteceu? Dante também se feriu?

Pego meu celular do bolso da calça social, com as mãos escorregadias, digito seu número. Nada. Caixa postal. Sinto o nervosismo beirando o ápice quando policiais aparecem levando uma pessoa na maca, um grande pano preto cobre o corpo. Sinto a bile subir pela garganta quando a mão do indivíduo fica à mostra pelo solavanco da maca.

— Bom dia, senhorita. Sinto muito por isso tudo, mas você poderia vir conosco?

Minha cabeça gira, o mundo ao meu redor parece congelar por um momento, meu corpo enrijece e apenas consigo responder com um aceno de cabeça.

                              ***

Estou sentada na sala de interrogatório há mais de uma hora, ou pelo menos é o que parece. O policial me trouxe para a delegacia para me interrogarem. O ar é sufocante, as paredes são brancas demais, e a luz no teto pisca de vez em quando. Tento me concentrar nos meus dedos, que não param de se mexer. Estou morrendo de ansiedade para saber se Pietro está bem, se Dante também se machucou e o que realmente aconteceu.

Os dois policiais à minha frente me analisam em silêncio. O homem parece paciente, enquanto a mulher, com anos de experiência, mantém os olhos frios e analíticos.

— Aurora — o homem finalmente fala —, precisamos que você nos conte o que aconteceu.

Olho para ele, mas logo desvio o olhar. Meu estômago está embrulhado. Não tenho ideia do que aconteceu. Não vi nada. Mas eles não vão acreditar nisso, claro.

— Eu já disse, estava no escritório. Não vi nada. — Minha voz sai mais fraca do que eu esperava. Seguro as lágrimas com todas as minhas forças.

— Você estava no escritório? — A mulher pergunta, direta.

Assinto.

— Sim, trabalhando. Mais cedo, meu chefe, Dante Caccini, veio até minha sala para falar que seu irmão veio o visitar. — Omito a parte em que ele foi me procurar e que estava bêbado.

Perseguição SombriaOnde histórias criam vida. Descubra agora