Capítulo 11 - Que Comece os Jogos

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O raiar da manhã que entra pelas janelas do meu quarto me fazem piscar várias vezes e esfregar os olhos, até finalmente entender que adormeci

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O raiar da manhã que entra pelas janelas do meu quarto me fazem piscar várias vezes e esfregar os olhos, até finalmente entender que adormeci. Como? Eu também não sei. Tentei ao máximo não cochilar, com medo de que invadisse minha casa, como da última vez. Mas agora não estava sozinha,meu melhor amigo estava ali, e mesmo sendo seu último dia comigo, eu não podia colocar ele em risco.

Ao levantar, percebo que o colchão em que dormiu não está mais no chão; provavelmente já tinha ido arrumar sua cama. Desço as escadas sentindo o cheiro forte de café passado. Se fosse um bom dia, eu estaria muito feliz em tomar uma xícara quentinha enquanto leio um bom livro, mas não, não é um bom dia.

— Olha quem acordou, bom dia, flor do dia — diz, se virando para mim enquanto faz um ovo mexido.

— Bom dia—- respondo sem muita empolgação, e o mesmo nota, sempre nota quando não estou bem.

— O que aconteceu? Você não foi para o trabalho hoje e está bem pálida — constata ao me olhar com mais atenção.

— Não dormi bem e acordei passando mal — minto com a primeira coisa que me vem à mente.

— Passando mal? Do quê? — exclama, preocupado.

— Não sei, acho que o marshmallow de ontem à noite estava vencido.

Pelo amor de Deus, sou uma péssima mentirosa.

Hum sei — diz, vindo até mim e me analisando de perto. — Você não andou... sabe, fazendo aquelas coisas...

— Sexo?. — Não, eu não transei com ninguém e não! Não estou grávida — falo seca.

— Tá bom, se você diz — fala erguendo as mãos em rendição, voltando a fazer seu omelete.

— Me desculpa por ser grossa. Eu apenas não estou bem, vou dar uma passada no hospital para tomar um soro na veia.

— Relaxa, deixa que eu te levo. Só espera eu terminar de comer, senão já sabe, quem passa mal sou eu com glicose baixa — diz ajeitando seu prato.

— Não, não precisa, amigo. Eu vou sozinha, não estou morrendo. Deve ser apenas uma infecção intestinal.

— Tudo bem — concorda com um semblante desconfiado. — Mas assim que chegar, você vai comer alguma coisa. Fiz um café delicioso para você, mas como diz que está mal e pelo arroxeado de suas olheiras vomitou a madrugada inteira, não vou forçar você a se alimentar.

Dou apenas um riso fraco vou até seu encontro e deixo um beijo em seu rosto.

— Eu volto já, não se preocupe. Te amo — falo, pegando minha bolsa e indo para a porta.

Mentir estava virando parte da minha rotina, e eu odiava isso. Tive que enganar até Dante. Ter um chefe que é quase da família tem suas vantagens; ele nem hesitou em me dar um dia de folga. E agora estou fingindo que estou indo ao médico. Meu amigo está visivelmente preocupado, mas graças a Deus confia em mim com sua vida. Eu detesto esconder a verdade dele exatamente por esse motivo, mas não tinha escolha; não iria colocá-lo em perigo. Pietro deixou bem claro como se sente em relação a Juan.

Perseguição SombriaOnde histórias criam vida. Descubra agora