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Ana Brenda Contreras estava em um dos dias mais intensos de gravação de sua nova série. Apesar de todo o sucesso, algo em seu coração sempre parecia incompleto. Havia uma falta de brilho no seu olhar, algo que nem os holofotes da fama poderiam preencher.
Enquanto ela se ajeitava em seu trailer, tirando o figurino pesado do personagem, seu celular vibrou. Ela sorriu imediatamente ao ver o nome da namorada, s/n, aparecer na tela. Elas vinham namorando há um ano, mas o sentimento de s/n ainda trazia borboletas ao estômago de Ana Brenda.
– Oi, amor! – Ana Brenda atendeu, a voz suave de sempre.
– Oi, meu bem! Como foi o dia hoje? Você parece cansada... – S/n respondeu com preocupação, a doçura de sua voz transbordando pelo telefone.
– Foi um dia longo, mas agora que estou falando com você, já estou melhor. – Ana Brenda riu, sentindo o calor no peito aumentar. – Eu só queria poder te ver agora, queria você aqui comigo.
– Eu também, Beni. – s/n usava o apelido carinhoso que só ela usava. – Mas... você sabe, logo estarei aí para te fazer companhia. Só mais algumas semanas e finalmente vou poder te abraçar de verdade.
Ana Brenda suspirou, sabendo que a distância era o maior desafio de seu relacionamento. S/n morava em outra cidade, onde trabalhava como fotógrafa de moda. As duas sempre encontravam tempo para visitar uma à outra, mas as semanas separadas pareciam eternas.
– Eu estou contando os dias, você nem imagina!– Ana respondeu com uma voz carregada de saudade. – Quero que a gente tenha um tempo só nosso. Longe de tudo isso, da fama, das câmeras... só eu e você.
– Isso é tudo que eu quero também.– S/n disse com um sorriso que Ana quase podia sentir através da linha. – E sabe o que eu estava pensando? Quando eu chegar, a gente podia dar uma escapadinha para aquele lugar que você me falou, a casa na praia. Só nós duas, sem ninguém para nos incomodar.
Ana Brenda mordeu o lábio, lembrando-se da casa à beira-mar que ela havia herdado da família, um local que sempre foi seu refúgio. A ideia de passar alguns dias lá, apenas com S/n, soava como um pedaço do paraíso.
– Você leu minha mente!– Ana Brenda respondeu, animada. – Seria perfeito! Vamos fazer isso, amor. Nada de trabalho, nada de obrigações... só nós e o som das ondas.
Elas passaram mais alguns minutos conversando sobre os planos, rindo e fazendo brincadeiras sobre como fugiriam de todos. Finalmente, s/n precisou desligar, deixando Ana Brenda com uma sensação doce e a promessa de um reencontro próximo.
As semanas passaram e, finalmente, o dia chegou. Ana Brenda foi buscar S/n no aeroporto. Ao vê-la surgir pelas portas, com aquela familiar mala de rodinhas e o sorriso que a fazia sentir-se em casa, Ana mal pôde conter a alegria. Ela correu para abraçar S/n apertado, sentindo o calor e o perfume da namorada.
– Meu Deus, como você está linda!– Ana Brenda disse, segurando o rosto de S/n entre as mãos, os olhos castanhos brilhando de emoção.
– Você que está sempre maravilhosa, Beni. – S/n respondeu, puxando Ana para um beijo suave, mas cheio de paixão e saudade. – Eu senti tanto a sua falta...
– Eu também. Vamos sair daqui. A praia nos espera.
Com os dedos entrelaçados, elas pegaram o carro de Ana Brenda e seguiram em direção à costa. A estrada era sinuosa, mas o humor das duas era leve e cheio de expectativa. No caminho, as conversas fluíam como sempre, sobre as últimas semanas de trabalho, as séries que assistiram e os planos que tinham para o futuro.
Ao chegarem à casa de praia, o som das ondas já preenchia o ar. O sol começava a se pôr, tingindo o céu de laranja e rosa. S/n desceu do carro e olhou em volta, admirando o lugar.
– É ainda mais bonito do que você descreveu.– Ela disse, enquanto Ana Brenda abria a porta da casa.
– Espere até ver o nascer do sol amanhã. Vai ser ainda mais incrível.– Ana Brenda respondeu com um sorriso malicioso, segurando a mão de S/n e guiando-a para dentro.
A casa era simples, mas aconchegante, com uma decoração rústica que refletia o espírito tranquilo do lugar. Elas deixaram as malas de lado e foram direto para a varanda, onde uma rede balançava suavemente com o vento.
– Aqui é o nosso paraíso.– Ana Brenda disse, puxando S/n para sentarem juntas na rede. – Finalmente, só nós duas.
– Eu ainda não acredito que estamos aqui.– S/n suspirou, deitando a cabeça no ombro de Ana. – Parece um sonho.
– Então, não acorde. Vamos fazer esse sonho durar o máximo que pudermos.
E ali, com o som das ondas batendo na areia e o cheiro do mar preenchendo o ar, as duas se perderam no momento. O mundo lá fora não importava. Não havia mais fama, obrigações ou distância. Apenas elas duas, finalmente juntas, vivendo o que sempre desejaram.
Naquela noite, após um jantar simples e algumas risadas, elas foram para o quarto. Deitados lado a lado, sob as cobertas macias, o silêncio entre elas era confortável. Ana Brenda acariciava o braço de S/n, os dedos desenhando padrões suaves na pele dela.
– Você sabe o quanto eu te amo, não sabe?– Ana disse suavemente.
– Sei... e eu te amo mais do que posso expressar.– S/n respondeu, virando-se para beijar Ana com ternura.
O beijo foi lento, cheio de significados não ditos, mas compreendidos. Quando se afastaram, Ana Brenda sorriu, sentindo que, pela primeira vez em semanas, o vazio em seu coração estava preenchido. Ela tinha S/n ao seu lado, e isso era tudo o que importava.
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