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A noite estava quente, e a lua cheia iluminava a cidade com uma luz prateada. As ruas estavam tranquilas, exceto pelos passos rápidos de Flávia Saraiva, voltando para casa após um longo e exaustivo treino. Seu corpo doía, mas era uma dor familiar, fruto de sua dedicação como ginasta de elite. Flávia estava acostumada com os rigores de sua rotina, mas o silêncio daquela noite a fazia sentir um desconforto incomum. Ela apertou o casaco em torno do corpo pequeno e acelerou o passo.
De repente, um ruído vindo de um beco estreito fez seu coração disparar. Antes que pudesse reagir, um homem apareceu da escuridão, bloqueando seu caminho. Ele era grande, com um olhar predador. Flávia parou bruscamente, o medo crescendo em seu peito. O homem avançou, e antes que ela pudesse gritar, ele a empurrou contra a parede. A mão áspera do agressor segurava seu braço com força, e ela sentiu o pânico tomar conta.
— Socorro! — Flávia conseguiu gritar, lutando para se soltar. — Alguém me ajuda!
Seus gritos ecoaram pela rua deserta, e o homem se inclinou, tentando abafar seu som. No entanto, antes que ele pudesse ir mais longe, passos pesados ecoaram ao longe. Flávia, com o coração acelerado, olhou para a direção do som, esperançosa, e então a viu.
S/n, uma mulher imponente, com impressionantes 2,10m de altura e um corpo musculoso, caminhava pela rua. Era quase impossível não notar sua presença, mesmo à distância. Sua postura era forte, mas havia algo de tímido na maneira como seus olhos varriam o ambiente. Ela estava voltando para casa, como em qualquer outra noite, quando ouviu os gritos desesperados.
Sem hesitar, S/n correu em direção ao beco, o coração batendo forte com a adrenalina. Ao virar a esquina, ela viu a cena: o homem estava segurando Flávia contra a parede, tentando dominá-la. Um fogo de raiva imediatamente acendeu dentro dela. Seu instinto de proteção assumiu o controle.
— Solta ela! — S/n gritou, sua voz ecoando com força.
O homem se virou, surpreso e, por um momento, hesitou ao ver a gigante de músculos que avançava em sua direção. Antes que ele pudesse reagir, S/n o agarrou pelo colarinho e o afastou de Flávia com uma facilidade impressionante, jogando-o no chão. O homem tentou se levantar, mas S/n, com um único movimento, o derrubou novamente, desferindo um soco certeiro que o deixou desmaiado no chão. Ela ficou de pé, ofegante, olhando para o homem caído, certificando-se de que ele não se moveria tão cedo.
— Você está bem? — S/n se virou para Flávia, que ainda estava encostada na parede, tremendo, mas visivelmente aliviada.
Flávia, sem acreditar no que acabara de acontecer, assentiu lentamente, os olhos arregalados ao observar a figura imponente de S/n à sua frente. Seu corpo pequeno parecia ainda mais frágil em comparação com a mulher alta e forte que acabara de salvá-la.
— Eu... Eu estou... — Flávia gaguejou, as palavras falhando. — Obrigada... obrigada, de verdade. Se você não tivesse aparecido...
S/n, apesar de sua altura intimidadora e físico poderoso, ficou visivelmente desconcertada com o olhar de gratidão que Flávia lhe dava. Seu rosto corou levemente, e ela coçou a nuca, nervosa.
