Destinos Cruzados

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Conversas

Doriana

🩷

Meu irmão saiu cedo de casa, desde então não dormi mais. Ele é envolvido faz tempo, mas ainda assim não me acostumei quando ele sai por invasões ou quando sai apressado por ter problemas para resolver na boca.

Aproveitei que não dormi mais para tomar um banho de princesa, com os meus cuidados de rosto, corpo e cabelo. E quando saiu me sinto até revigorada.

Pego no meu celular para ver as horas. 9:07

E quando ia pousar o mesmo, ele apita com uma mensagem.

Abner

Bom dia, minha dama. Se arruma, te pego em tua casa daqui a pouco para tomar café da manhã.

Um grupo de borboletas enche a minha barriga e eu começo a me arrumar.

Fico pronta no exato momento em que recebo a ligação de Abner, pego minha bolsa e saio de casa trancando tudo.

Entro no banco da frente do carro dele e quando fecho a porta ainda sem falar nada junto nossos lábios em um selinho demorado.

Doriana: bom dia, Deus grego - digo quando me separo dele.

Abner: Dori - ele me alerta pois não gosta que eu o chame por esse apelido.

Doriana: tudo bem, tudo bem.

Ele começa a dirigir até uma cafeteria bonitinha dentro da favela, mas no outro morro.

Estava tudo perfeito, ele abriu a porta do carro para eu sair, puxou a cadeira para eu sentar, um verdadeiros cavalheiro a conquistar a sua bela dama.

- bom dia, o que vão desejar? - o funcionário pergunta.

Abner: quero um café é pão de água na chapa com manteiga. - ele escolheu o mesmo de sempre.

Dori: quería um suco de laranja e...- penso um pouco olhando na cartela- pode ser essas panquecas que tem aqui, mas queria com chocolate e não com mel, por favor.

-claro- ele aponta tudo e sai para o balcão.

Dori: e a que devo a honra deste encontro? - brinco um pouco no jeito de perguntar.

Abner: estava com saudades de você - ele juntou nossas mãos - esses dias esteve meio corrido e não quero que pense que eu estou me afastando ou algo assim.

É inevitável não suspirar.

Dori: Abner, eu não quero que se prenda a mim ou crie expectativas, sei lá. Meu irmão sempre nos avisou que não nos queria juntos e tal, tenho medo que isso não mude nem quando eu tiver 20 anos. - explico, ainda que triste.

Abner: Dori, eu gosto muito de você para te deixar escapar assim. Eu vou fazer isso dar certo entre nós, nem que eu tenha que ir a Marte e voltar. Se for essa a condição que seu irmão colocar, eu vou fazer.

Dori: não é tão fácil. - dou de ombros.

Abner: Você que complica nessa sua cabeça loira. - ele aponta para a mesma e depois deixa um carinho em meu rosto. - gosto muito de você.