Capítulo 26 - Não vou te Arrastar até o Inferno

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Acordei com o corpo afundado no colchão, uma sensação estranha e pesada se espalhando pela minha pele.

Era algo diferente, indefinível, que me deixava inquieta.

Me sentei na cama me apoiando nos cotovelos, tentando suportar o peso da minha cabeça latejando

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Me sentei na cama me apoiando nos cotovelos, tentando suportar o peso da minha cabeça latejando. O lençol branco deslizou pela minha pele revelando meus seios.

O desespero tomou conta de mim enquanto puxava os lençóis, tentando me cobrir, mas à medida que sentia o resto do meu corpo, percebia que eu estava completamente nua.

Então, num golpe avassalador, as memórias da noite anterior me atingiram com a força de um raio.

Eu me lembrei de tudo — cada toque, cada palavra sussurrada no escuro, o medo que eu sentia misturado à paixão que me consumia.

E de repente, soube... Eu tinha perdido a virgindade naquela noite.

Meu coração batia descompassado, enquanto o amanhecer tímido apenas tingia o horizonte.

O quarto estava mergulhado em uma escuridão densa, e eu não conseguia afastar o pavor crescente que tomava conta de mim.

Eu sabia que agora, mais do que nunca, Levi podia fazer o que quisesse comigo, pois eu não era mais pura.

Ele tinha o poder, ele poderia devorar minha alma, cumprir o destino sombrio que eu temia desde o início.

Foi nesse momento que meus olhos pousaram nele.

Levi estava ali, de pé, de costas para mim, vestindo apenas sua calça.

A visão de sua figura alta e imponente me trouxe um alívio momentâneo, mas o medo voltou com força total.

Chamei por ele, num sussurro que quase se perdeu no ar:

Levi...?

Ele se virou lentamente.

Quando nossos olhares se cruzaram, o chão pareceu se abrir sob meus pés.

A expressão que ele carregava no rosto era fria, distante...

Seus olhos, que antes me queimavam com desejo, agora estavam cheios de uma frieza que me perfurava.

A indiferença dele me atingiu como um soco, e o silêncio que se seguiu foi ainda pior.

Eu não sabia o que ele estava pensando... eu não tinha como saber, e eu nem mesmo queria saber!

Aquele homem havia jurado amor para mim enquanto me tomava por completo, e agora estava distante do outro lado do quarto.

Meu medo era palpável, quase sufocante.

"Agora, ele pode me devorar", pensei, e o pavor me dominou por completo.

Eu sabia que, se quisesse, ele poderia terminar tudo ali, ceifar minha alma da maneira como meu pai havia dito.

Mas o que me destruía ainda mais era a forma como ele olhava para mim, como se eu não fosse nada...

O Demônio do FarolOnde histórias criam vida. Descubra agora