Nathália

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Roberto estava na varanda, a expressão no rosto deixava claro que algo o incomodava. A festa havia sido um sucesso, tudo havia corrido como planejado, e eu finalmente me permitia relaxar depois de um dia intenso. A hidromassagem estava enchendo, mas ao vê-lo ali, sozinho e com uma energia estranha no ar, decidi ir até ele.


Cheguei de mansinho, envolvendo meus braços ao redor da sua cintura, encostando o rosto em suas costas.


— O que foi? — perguntei em um tom suave, tentando entender o que o deixava tão frustrado depois de uma noite que, para mim, tinha sido perfeita.


Ele suspirou, como se estivesse se preparando para me dizer algo importante.


— Nathália... minha mãe quer te conhecer. — Roberto começou, ainda olhando para o horizonte. — Na verdade, toda a minha família quer...


Eu fiquei em silêncio por alguns segundos, processando a informação, mas antes que pudesse responder, ele continuou:


— Depois da foto nossa que eu postei no grupo privado da família... parece que todo mundo ficou louco. — Ele se virou levemente para mim, e pude ver uma mistura de nervosismo e expectativa no rosto dele.


Sorri, apoiando meu queixo em seu ombro.


— É claro que eles querem me conhecer. — respondi com um tom brincalhão. — Olha pra gente, quem não iria querer conhecer o casal perfeito?


Ele riu, mas ainda havia um ar de preocupação nele.


— Não sei se é bem assim, Nathália. — Ele parecia receoso, como se estivesse antecipando algo. — Minha mãe é... bem... complicada. E minha família, eles podem ser um pouco intensos.**Eu o virei de frente para mim, segurando seu rosto com as duas mãos, fazendo-o olhar diretamente nos meus olhos.


— Roberto, se nós conseguimos lidar com a minha família militar e com festas de gala cheias de gente importante, não tem como a sua família me assustar. — Eu disse com confiança, tentando acalmá-lo. — Se estamos juntos, podemos enfrentar qualquer coisa, até a sua mãe.


Ele sorriu, relaxando um pouco nos meus braços.


— Você tem razão. — Ele admitiu, beijando minha testa. — Só não quero que as coisas fiquem estranhas, sabe?


— Não vão ficar. — assegurei, puxando-o para um abraço apertado. — Estamos nessa juntos.


O vento da noite soprou levemente, e por um momento, ficamos ali, na varanda, abraçados. A preocupação dele parecia se dissolver aos poucos, e a ideia de conhecer sua família, ao invés de ser assustadora, começava a parecer um novo passo para nós.


As carícias quentes começaram ali mesmo, na varanda. O toque de Roberto se intensificava, e nossas roupas pareciam desaparecer no calor do momento. O vento fresco da noite contrastava com a intensidade dos nossos corpos, nos beijando com desejo crescente. Cada toque, cada beijo fazia com que esquecêssemos completamente o mundo ao redor.

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