Nathália

84 12 7
                                    


A vida parecia tranquila, tudo estava perfeitamente bem. Amigos e família por perto, mas não posso negar que sentia falta do Roberto. Dos carinhos, do jeito que ele me fodia. Era melhor não pensar muito nisso, ou a saudade acabaria me fazendo chorar.


A primeira saída com amigos após o término deveria ser memorável, e eu estava determinada a que assim fosse. Assim que saí do hospital, fui direto para casa me arrumar. Escolhi um vestido curto preto e um salto agulha; estava pronta para rebolar a noite toda ao som de alguma musica qualquer.


Os planos eram perfeitos, a expectativa pulsava em meu peito. Eu precisava me distrair, rir e aproveitar a companhia dos meus amigos. Afinal, a vida continua, e era hora de dar um passo à frente, mesmo que um pequeno pedaço de mim ainda estivesse preso ao passado. A música, a dança e as risadas me esperavam, e eu estava determinada a aproveitar cada momento.


A atmosfera no bar mudou drasticamente. Estávamos curtindo a noite, rindo e nos divertindo, até que duas viaturas do BOPE estacionaram na frente. O desespero tomou conta do lugar. "Merda...", disse Rebeca, já antecipando o que estava por vir.


Vi vários caras se levantando rapidamente, alguns rostos conhecidos, mas nenhum deles era o Roberto. A presença dos fuzis e a tensão no ar me deixaram inquieta. Um medo crescente se apoderou de mim, e eu só conseguia pensar em sair dali.


"Caralho, vamos sair daqui!", disse Mile, já se levantando e me olhando, assim como para Rebeca. Ambas estavam visivelmente nervosas.


"É, vamos...", concordou Rebeca, se levantando. A sensação de urgência era palpável, e eu estava pronta para sair.


Mas então, a voz do Roberto soou como um rosnado atrás de mim: "Ela fica!" O tempo pareceu parar. Meu coração acelerou, e um frio percorreu minha espinha ao me virar lentamente, encarando-o. Ele estava ali, com um olhar intenso, que mesclava raiva e possessividade. 


Senti a mão pesada dele no meu ombro, e relutante, me levantei. Escutei as meninas retrucarem, tentando argumentar, mas a voz de Roberto cortou o ar como uma lâmina afiada.

"Ela fica!" Sua ordem é como um rosnado atrás de mim, e a tensão aumenta instantaneamente. Eu poderia sentir o olhar de Mile e Rebeca se fixando em mim, cheio de preocupação.


Elesó rodou o dedo indicador no ar, como se mandasse elas ralarem dali. Acabeiacenando com a cabeça, dizendo que estava tudo bem, mas por dentro, umturbilhão de emoções se agolpava. As meninas tentaram protestar, mas adeterminação de Roberto era inabalável

Todo mundo começou a se levantar e a sair do bar, e a música que estava tocando em pouco tempo acabou. Foi então que gritei coragem de levantar, tentando ignorar o peso da situação. Senti um frio na barriga, sabendo que Roberto estava ali, me observando.

Foi então que chorei coragem de levantar, mesmo com o frio na barriga. Olhei para as minhas amigas, que estavam com expressões preocupadas, mas que, mesmo assim, tentavam me passar uma energia positiva. "Estou bem," eu murmurei, embora soubesse que não estava tão certo disso.

"Você vem comigo!" Seu tom era autoritário, ecoando na atmosfera tensa do bar. "De forma alguma, Roberto! Quem você pensa que é?" Respondi com firmeza, tentando recuperar o controle da situação. 

DestinosOnde histórias criam vida. Descubra agora