Nathália

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Refletia sobre nossa conversa, mas logo meus pensamentos voltaram-se para o rosto de Nascimento—agora, sabendo que seu nome era Roberto Nascimento. Notei que já eram quase 19 horas, então me levantei da cafeteria e me dirigi ao balcão para pagar a conta. Realizei o pagamento via Pix para a atendente, agradeci e me despedi. Caminhei até o carro e dirigi tranquilamente pelas ruas movimentadas do Rio de Janeiro. Ao chegar em casa, observei que Gabriel ainda não havia retornado. Estacionei o carro na garagem, entrei em casa e segui diretamente para o quarto, onde fui tomar um banho.

No banheiro, meus pensamentos viajaram para o mundo da fantasia. Comecei a imaginar o corpo, o rosto e o sorriso de Roberto. Senti minha buceta pulsar ao imaginar como seria transar com ele. Esses pensamentos me arrancaram um sorriso malicioso, enquanto meu coração batia descontrolado e meu corpo ardia sob o chuveiro. Meus dedos deslizavam suavemente pela minha pele, e a imagem de Roberto não saía da minha mente.

Quando meus dedos finalmente encontraram meu clitóris, um gemido baixo escapou. Minha mente estava completamente imersa em desejo, entregue à vontade incontrolável de tê-lo ali. A fantasia de senti-lo dentro de mim se misturava ao ritmo frenético dos meus dedos. Finalmente, atingi o orgasmo e soltei um gemido alto. Satisfeita, deixei a água fria cair sobre meu corpo.

Saí do banheiro ainda enrolada na toalha, olhei-me no espelho e soltei um sorriso de luxúria. Peguei o celular e fui até o contato de Roberto para observar a foto do seu perfil, refletindo sobre tudo o que havia acontecido ali, naquele chuveiro.

Logo, o celular tocou, e vi que era a mãe de Raissa. Atendi rapidamente.

Nathália: "Tia Dina? Que bom falar com a senhora!"—falei animada.

Mãe da Raissa: "Ah, minha querida, infelizmente as notícias não são boas. Raissa, teimosa como é, fez uma besteira, Nathy!"—disse ela, preocupada. Meu coração gelou, e imediatamente pensei no bebê.

Nathália:" Tia, o que aconteceu?"—perguntei, tentando manter a calma.

Mãe da Raissa: "Raissa fez um aborto... Durante o procedimento, alguns dos órgãos internos dela foram perfurados. Ela está em cirurgia neste momento."

Ao ouvir isso, senti meu coração parar por um instante, e minha voz quase não saiu.

Nathália: " Onde ela está?"—perguntei, recuperando a voz.

Mãe da Raissa: " No hospital municipal"—ela respondeu.

Nathália: "Tia, já estou a caminho para ajudar vocês."

Visto uma calcinha e um sutiã limpos, coloco um vestido azul com botões e alças finas. Calço uma papete branca, solto o cabelo que estava preso em um coque alto, e aplico um pouco de perfume. Pego minha bolsa, que já estava sobre a cama, e desço até a garagem. Nesse momento, meu celular toca, e vejo que é Gabriel, aparentemente desesperado. Atendo o telefone, e ele, sem esperar que eu diga algo, fala com urgência:

"Raissa está no hospital, entre a vida e a morte!"

Imediatamente, respondo:

"Gabriel, estou indo para lá. Onde você está?"

Ele rapidamente responde: "Já estou aqui!"

Eu replico: "Estou a caminho."

Dirijo pela cidade com atenção, ciente de que a pressa não ajudaria, pois Raissa ainda estava em cirurgia. Só nos restava torcer por um resultado positivo. No estacionamento do hospital municipal, circulo por um tempo até encontrar uma vaga. Estaciono rapidamente e sigo em direção à entrada do hospital. De longe, avisto viaturas e ambulâncias, mas ignoro o que poderia estar acontecendo, focada no meu objetivo.

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