Capítulo 37: Presságio

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—Eris...

— Sim, amor? — Ele responde com uma pergunta suave, como se estivesse confirmando sua presença ao meu lado. — Estou aqui. Vem, vamos levantar.

Meu corpo já não responde como deveria. Minhas pernas estão fracas, e a exaustão pesa em cada músculo. Ele percebe isso antes de mim, segurando minha cintura com firmeza e me puxando para cima.

Não consigo me forçar a soltar seus ombros, então meus braços permanecem apertados ao redor de seu pescoço, como se ele fosse a única coisa que me mantém fora da solidão.

Me sinto vulnerável, frágil, mas ao mesmo tempo, há uma força nova ali, algo que surge do toque dele, da presença dele.

Talvez... só por agora... eu possa confiar.

O calor de seu corpo contra o meu é reconf ortante, quase desconhecido para mim. Permaneço agarrada a ele, como se soltar fosse o equivalente a despencar no vazio que me rodeia.

Ele me segura com firmeza.

— Você está tremendo... — Eris murmura, a voz grave e baixa, próxima ao meu ouvido. — O que aconteceu?

Eu não respondo de imediato. Não sei o que dizer. Meus pensamentos estão em desordem, um emaranhado de frustração, dor e confusão.

— Eu... — Tento encontrar palavras, mas o nó na minha garganta torna difícil falar. — Não sei... estou cansada, Eris. Tão cansada.

— Você não deveria ter ido à Corte Primaveril Você sabe que o Tamlin...

Ele para, hesitando, antes de continuar, como se escolhesse suas próprias palavras.

— Ele não merece você.

Faço uma careta, minhas pálpebras já pesadas pelo sono que me domina lentamente. Um riso amargo escapa pelos meus lábios.

Quem, afinal, mereceria a Amarantha?

— Shhh... — Coloco meu dedo indicador em seus lábios, e o toque suave contra sua pele me surpreende. Os lábios dele são macios. — Eu não fui por ele, Eris. Só quero que esse acordo termine logo, e com prazer nunca mais o verei novamente.

Eris solta uma risada baixa, uma mistura de diversão e descrença, como se eu estivesse tentando enganá-lo. Ele me encara, os olhos ardendo com uma intensidade que eu não conheço.

— Claro que sim. — Ele murmura sobre meu dedo, seus lábios molhados roçando levemente minha pele antes de depositar um beijo ali. O toque é sutil, mas eletrizante. Meu coração acelera sem que eu perceba, e rapidamente puxo minha mão.

Esse homem... Preciso descobrir o que houve entre eles, uma hora ou outra.

— Eu vi o seu irmão. — Digo, deixando minha voz pairar no ar enquanto observo Eris de perto, curiosa pela sua reação.

Corte de Sombras e Lembranças | AmaranthaOnde histórias criam vida. Descubra agora