꧁༒ 𝓡𝓱𝔂𝓼𝓪𝓷𝓭 ༒꧂Acordo com a turbulência de um sonho, É raro sonhar sob as montanhas ainda mais ao lado dela.
Mas as vezes o teto de madeira estrelado que vejo, de alguma forma me conforta. Tem algo nele que posso me aconchegar e descansar.
Algo puro e belo, mas sou tirado daquilo outra vez.
Quantas vezes mais coisas que eu amo vão ser tiradas de mim?
O leve farfalhar de tecidos e o quase inaudível som de respiração que me puxam totalmente para a consciência. Estou deitado na cama que me repulsa a cada segundo, sentindo o peso do ar pesado e escuro ao meu redor.
Abro os olhos lentamente, ajustando-me à escuridão do quarto de Amarantha. A luz vermelha que sempre parece pairar sobre este lugar ainda brilha de forma sombria, distorcendo tudo com sombras longas e maliciosas. O ambiente que me cerca não poderia ser mais hostil, mas foi minha própria escolha estar aqui.
Mas quando fixo o meu olhar no corpo esguio a minha frente fico ainda mais em alerta: Amarantha está de pé, se encarando no espelho.
Ela está imóvel, os olhos cravados na própria imagem, como se procurasse algo dentro de si mesma. Algo que nunca encontrei nela — uma centelha de humanidade, talvez.
Mas logo afasto esse pensamento; Amarantha e humanidade são duas palavras que não pertencem à mesma frase.
O que diabos está acontecendo? Algo em sua expressão me deixa confuso, até atordoado.
Há algo na forma como observa a si mesma, uma vulnerabilidade que nunca pensei ser possível nela. Seus olhos, tão conhecidos pela frieza e crueldade, estão agora tingidos de confusão e medo.
Eu me mantenho imóvel, observando-a em silêncio.
A rainha debaixo da montanha, tão temida e poderosa, hesitando diante de seu próprio reflexo?
Chega até a ser cômico se eu não soubesse o motivo dela estar assim, com certeza é relacionado a sua irmã.
Uma víbora asquerosa tanto quanto ela era. Mas, bendito seja o caldeirão que permitiu a sua morte.
Tão fria quanto a irmã.
Tão insolente.
Tão cruel.E então acontece. Ela se vira ligeiramente e me vê. Seu olhar de pavor é instantâneo, como se estivesse diante de seu pior pesadelo. Isso não faz sentido...
- Que merda é essa? - A voz dela soa pequena, tão distante.
Então, chamo pelo seu nome.
- Amarantha ?
Quando levanto a mão para me aproximar, para persuadir de alguma forma essa estranha criatura diante de mim, ela ergue a própria mão em um reflexo.
Um brilho ofuscante e repentino explode ao nosso redor. Sinto a força brutal de magia crua e agressiva me atingindo com uma potência que não esperava.
Meu corpo é lançado com violência, atravessando o quarto até colidir com a parede rochosa. O impacto reverberando por todo o meu corpo, a dor se irradiando em cada membro.
Ela é poderosa de fato, como todos sabem. A imensidão do que ela roubou está absoluto sobre ela.
Mas aquilo foi algo que ela não tinha controle algum sobre, Quando você vive ao lado de alguém por quarenta e sete anos e foram terríveis quarenta e sete anos, Você entende algum dos hábitos.
O que está acontecendo? Essa instabilidade é estranha, não a vejo e nunca a vi controlá-lo com tal falta de controle.
Hoje é o aniversário de morte da Clythia. Sempre foi um dia ruim para Amarantha, mas por 47 anos ela expulsou todos do castelo nesse dia, para sofrer sozinha.
O fato de eu ainda estar aqui é perturbador. Por que ela me pediu pra ficar ?
Ouço o murmúrio dela de incredulidade, o "não, não, não..." ecoando pelo quarto enquanto me levanto lentamente, sentindo cada músculo protestar, e olho ao redor do quarto. A repulsa é instantânea. O cheiro fétido do quarto, misturado com o poder recém-libertado, faz meu estômago se revirar.
Não quero estar aqui.
Odeio estar aqui.
Odeio Amarantha.
Odeio Por tudo que ela fez comigo, por cada abuso, cada tortura, cada ferida que ela infligiu em mim.A cada segundo que passo neste quarto, meu ódio só cresce.
Eu poderia destruí-la, eu vou destruí-la.
Assim que tiver uma chance..
.
.Oioi, estrelinhas.
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xoxo 💋
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Corte de Sombras e Lembranças | Amarantha
Fantasi𝘐𝘮𝘢𝘨𝘪𝘯𝘢 𝘢𝘤𝘰𝘳𝘥𝘢𝘳 𝘦𝘮 𝘴𝘦𝘶 𝘭𝘪𝘷𝘳𝘰 𝘧𝘢𝘷𝘰𝘳𝘪𝘵𝘰, 𝘮𝘢𝘴 𝘦𝘮 𝘷𝘦𝘻 𝘥𝘢 𝘩𝘦𝘳𝘰í𝘯𝘢, 𝘷𝘰𝘤ê 𝘴𝘦 𝘵𝘰𝘳𝘯𝘢 𝘢 𝘷𝘪𝘭ã 𝘮𝘢𝘪𝘴 𝘵𝘦𝘮𝘪𝘥𝘢 𝘥𝘦 𝘵𝘰𝘥𝘢𝘴. 𝘈𝘨𝘰𝘳𝘢, 𝘢𝘰 𝘢𝘣𝘳𝘪𝘳 𝘰𝘴 𝘰𝘭𝘩𝘰𝘴, 𝘦𝘴𝘵𝘰𝘶 𝘥𝘰𝘪𝘴...