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Meus olhos recaem sobre as tornozeleiras de ferro presas em ambas. Dou um passo à frente e ajoelho, concentrando meu poder. O metal range, e o parafuso se rompe com um estalo seco, abrindo-se como se não fosse nada.
Chega de correntes, de amarras.
Ergo-me e caminho até a garota das tranças, que me observa com cautela, o olhar avaliando cada um dos meus movimentos. Seguro a tornozeleira dela, e o metal cede sob minha magia tão facilmente quanto o primeiro.
— Tudo bem? — pergunto, observando-a. Ela acena com a cabeça em confirmação. Mas, antes que possa me mover novamente, um gemido de dor corta o silêncio. Viro-me para ver a outra mulher, tentando inutilmente se apoiar na parede, as pernas trêmulas.
— Andras, ajude-a — ordeno, apontando para a garota de cabelos brancos que tenta se apoiar na parede. Mas, ao contrário do que espero, ela recua, como se o contato com ele fosse uma ameaça. Os olhos dela encontram os meus, e vejo ali um lampejo de medo e nojo, algo que ela tenta esconder, mas que se manifesta em sua expressão contida.
Ela não quer tocá-lo... não quer que nenhum outro macho se aproxime dela. E percebo que a minha sugestão foi muito tola.
Solto um suspiro baixo, mas não perco tempo discutindo. Caminho até a garota e estendo a mão, oferecendo-lhe um apoio firme.
— Vem, eu te ajudo. — Minha voz sai baixa, controlada, mas sinto o peso do passado dela, cada ferida que a marca. Quando nossos dedos se entrelaçam, percebo que, pela primeira vez, ela não hesita.
Afinal, eu prometi a ela a vingança... e agora, a promessa é também minha.
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Ao chegarmos na entrada das câmaras — já no castelo — , Rhysand guia o caminho em silêncio, seus olhos me lançando olhares enigmáticos que não consigo decifrar. Andras segue logo atrás, absorvido em pensamentos, tão perdido neles, que não diz nenhuma palavra.
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Corte de Sombras e Lembranças | Amarantha
Fantasía𝘐𝘮𝘢𝘨𝘪𝘯𝘢 𝘢𝘤𝘰𝘳𝘥𝘢𝘳 𝘦𝘮 𝘴𝘦𝘶 𝘭𝘪𝘷𝘳𝘰 𝘧𝘢𝘷𝘰𝘳𝘪𝘵𝘰, 𝘮𝘢𝘴 𝘦𝘮 𝘷𝘦𝘻 𝘥𝘢 𝘩𝘦𝘳𝘰í𝘯𝘢, 𝘷𝘰𝘤ê 𝘴𝘦 𝘵𝘰𝘳𝘯𝘢 𝘢 𝘷𝘪𝘭ã 𝘮𝘢𝘪𝘴 𝘵𝘦𝘮𝘪𝘥𝘢 𝘥𝘦 𝘵𝘰𝘥𝘢𝘴. 𝘈𝘨𝘰𝘳𝘢, 𝘢𝘰 𝘢𝘣𝘳𝘪𝘳 𝘰𝘴 𝘰𝘭𝘩𝘰𝘴, 𝘦𝘴𝘵𝘰𝘶 𝘥𝘰𝘪𝘴...