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Eduardo ainda estava na delegacia, seu turno terminaria em alguns minutos. Mas enquanto terminava de ajeitar alguns papéis sua atenção tbm estava em seu celular. Ele sabia que o jogo era hoje, o Rafael tinha comentado com ele. Ele até tinha mandado uma mensagem desejando sorte mais cedo.

Durante a partida, Eduardo tentou disfarçar o interesse, mas pegou o celular algumas vezes para acompanhar o placar em tempo real. Cada notificação de gol do time de Rafael fazia o peito apertar um pouco, como se ele estivesse torcendo nas arquibancadas. A sensação era estranha.

Quando a vitória foi confirmada, Eduardo não conseguiu evitar um sorriso. "Sabia que ele ia arrebentar", pensou, quase orgulhoso. A tentação de mandar uma mensagem para parabenizar Rafael era grande, mas ele hesitou. Queria manter a calma, não parecer tão envolvido assim. Talvez fosse melhor esperar um pouco.

O celular vibrou na mesa de centro, quebrando seus pensamentos. Era a mensagem que ele, secretamente, esperava: 
"Jogo acabou e a gente ganhou. Quem sabe a gente não sai pra comemorar, hein?"

Eduardo deu uma risada baixa. Gostava do jeito direto de Rafael. "Esse cara não perde tempo", pensou, enquanto encarava a tela por alguns segundos, pensando sobre a melhor forma de responder.

Ele digitou: 
"Parabéns pela vitória, jogador. Você merece comemorar. Onde e que horas? Tô dentro."

Depois de enviar, largou o celular olhando para o relógio na parede, que marcava 20:00. Já estava ansioso para ver Rafael novamente. Estava empolgado

Poucos minutos depois, o celular vibrou com a resposta: 
"Tô com os caras no bar perto do estádio. Chega mais, vai ser divertido"

Eduardo levantou, e do jeito que tava pegou as chaves do carro. Saiu, com aquela adrenalina gostosa de quem está prestes a reencontrar alguém que mexe tanto com a cabeça quanto, talvez, com o coração.

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