26

229 36 4
                                    

Faltavam apenas dias para o jogo de Rafael, e ele estava nervoso. Treinou muito, como sempre, mas estava nervoso. O dia foi repetitivo, treinou de manhã, almoçou com os colegas e, depois, ficou em casa, um pouco chateado, pensando em Eduardo. Rafael queria passar mais tempo com Eduardo, mas ele estava ocupado.

Enquanto pensava em convidar Eduardo para assistir ao jogo e oficializar o namoro, Rafael se sentia inseguro. Será que Eduardo queria isso também? Mal sabia ele que Eduardo estava completamente apaixonado por ele. Naquele momento, o jogador já tinha combinado de sair com os amigos para o shopping, onde compraria algo especial para o policial.

Gustavo: "Irmão, a gente tá chegando."

Rafael: "Beleza, tô pronto!"

Chegaram ao shopping e, como sempre, os amigos gastaram bastante — roupas, acessórios, calçados, perfumes, bebidas. Rafael comprou uma chuteira nova, bem estilosa, e, em seguida, foi até a joalheria. Lá, encomendou duas correntes, uma para ele e outra para Eduardo, com suas iniciais de forma discreta, mas simbólica. Ele queria mostrar que seu homem tinha dono, e esse dono era ele, Rafael Torres.

—Eu quero elas médias, com as iniciais 'R' e 'E'. Bem discretas, por favor.— explica o jogador  — E exclusiva também —

—Claro, senhor. Assim que estiverem prontas, avisaremos.— atendente fala, sorrindo de forma simpática.

—Perfeito, obrigado!– e saiu da loja, ficando mais um tempo no shopping antes de voltar para casa com os amigos.

_________________________

Enquanto isso, Eduardo tinha trabalhado até o almoço, mas, dias antes, ele já tinha encomendado alianças. Ele queria pedir Rafael em namoro. As alianças estavam prontas, e Eduardo estava a caminho da joalheria.

—Oi, boa tarde. Vim pegar as alianças que encomendei.— Fala Eduardo, para a atendente

—Boa tarde! Claro, vou embalar para o senhor.—

Após pagar e sair da loja, Eduardo deu uma passada em outras lojas. Comprou chocolates e algumas roupas. Estava feliz com suas compras. Quando entrou no carro, não resistiu e olhou para as alianças. Elas eram finas, com pequenos brilhantes, e as iniciais gravadas na parte interna. Eram lindas.

Chegando em casa, Eduardo tomou um banho e se acomodou na sala para assistir TV. Seu celular apitou. Era uma mensagem de Rafael.

Rafael: "Tá trabalhando?"

Eduardo: "Não, tô em casa. Fui liberado cedo. Só fui resolver umas coisas na rua."

Rafael: "Pô, nem me avisou. Achei que ainda tava no trabalhando. Posso passar aí?"

Eduardo: "Claro, amor. Vou estar te esperando."

Depois de alguns minutos, a porta se abriu e Rafael entrou. Caminhou até Eduardo, se sentando em seu colo e o abraçando.

—E aí, como você tá, esses dias? – Eduardo perguntou, puxando o rosto de Rafael para olharem nos olhos.

—Tá tudo certo. Só tô nervoso…– suspirou. Eu queria que você fosse, se pudesse.

—Vou dar um jeito, meu amor. O jogo é na quinta, né? – perguntou Eduardo.

—Sim… Eu quero assumir a gente… – falou, nervoso. Mas só se você também quiser.— o jogador fala

—Claro que eu quero, amor. – passou a mão no cabelo de Rafael e o puxou para um beijo. Eduardo pensou que seria o momento perfeito pedir Rafael em namoro depois do jogo.

—Quer sair hoje? Para dar uma distraída e tirar esse nervosismo?— pergunta Eduardo

—Sim– murmurou o jogador, deslizando as mãos por baixo da blusa de Eduardo, arranhando seu peito até a barra da bermuda, provocando-o.

...

—Rafael, já tá pronto?— pergunta Eduardo, mexendo no celular

—Já, vamos!— responde Rafael

Eduardo pegou as chaves do carro e os dois saíram para um barzinho, mas confortável. Chegando lá, Rafael pediu uma bebida para si, enquanto Eduardo pediu um suco, sem querer arriscar uma ressaca. Eles também pediram algo para comer.

A noite seguiu tranquila, com risos, conversas e muito carinho, aproveitando a companhia um do outro, o clima e o ambiente. Voltaram para casa, se deitaram e assistiram um filme.

prisão sem gradeOnde histórias criam vida. Descubra agora