Eduardo chegou ao bar alguns minutos depois. O lugar estava movimentado, com uma energia vibrante. Ele olhou em volta, procurando por Rafael e seus amigos. Quando avistou o grupo em uma mesa ao fundo, se aproximou com um sorriso discreto no rosto. Rafael o viu chegando e acenou animado, chamando a atenção dos outros.
— Olha quem resolveu aparecer! — disse Rafael, levantando-se para cumprimentá-lo com um abraço rápido. — Galera, esse aqui é o Eduardo.
Os amigos de Rafael o cumprimentaram de forma calorosa, com algumas piadinhas no meio. Eduardo não se intimidou ele sabia que seria assim e estava preparado para entrar na brincadeira. Pegou uma cadeira e se acomodou, pedindo uma cerveja enquanto se juntava à conversa.
O clima descontraído facilitou a integração de Eduardo no grupo. As risadas vinham fácil, e ele se sentia à vontade, como se conhecesse aqueles caras há mais tempo do que realmente conhecia. Rafael, parecia estar se divertindo ainda mais com a presença dele ali, sempre puxando Eduardo para participar das piadas e histórias.
Depois de algumas rodadas de bebida, Rafael inclinou-se mais perto de Eduardo, falando em um tom que só ele poderia ouvir:
— Então, curtiu a ideia de comemorar com a gente?
Eduardo sorriu de lado, olhando para Rafael com um brilho de malícia nos olhos.
— Não vim aqui só pelo time, não. Vim por você também. — Ele piscou e deu um gole na bebida, observando a reação de Rafael.
Rafael riu, meio surpreso, com a resposta direta. Não esperava que Eduardo fosse ser direto, mas gostou da atitude. Eles trocaram mais algumas palavras e brincadeiras privadas, enquanto o resto do grupo continuava na animação.
Era meia-noite, alguns dos amigos de Rafael começaram a ir embora, falando que tava cansado ou que tinha compromissos. A mesa foi ficando cada vez mais vazia.
—Rafa, eu e os meninos já estamos indo. Fala Thiago. — valeu Eduardo, nós se ver. Fala dando um toque de mãos em ambos
— Valeu. Fala o Rafael se levantando e logo em seguida o Eduardo faz um msm dando um toque de mãos neles.
até que restaram apenas eles.— Sabe... a noite tá só começando, se você perguntar pra mim. — Rafael comentou, olhando para Eduardo de uma forma que deixava claro que ele tinha algo em mente.
— E o que você sugere, então? — Eduardo respondeu, inclinando-se para frente, curioso.
— Que tal a gente dar uma volta? A noite tá bonita, e eu conheço um lugar legal, mais tranquilo. Pode ser bom pra gente continuar essa conversa... sem tanta gente em volta.
Eduardo concordou com um aceno de cabeça. Levantaram-se, pagaram a conta, e saíram do bar, com o ar fresco da madrugada envolvendo-os enquanto caminhavam lado a lado.
Os dois caminharam pela calçada iluminada pelas luzes dos postes, com a cidade mais calma àquela hora da madrugada. A conversa fluía de forma natural, como se o tempo entre o encontro anterior e aquele momento nunca tivesse existido. Eduardo sentia uma leveza na companhia de Rafael, algo que não costumava acontecer com tanta facilidade. E Rafael, por sua vez, se via cada vez mais envolvido pela simplicidade e charme de Eduardo.
Depois de alguns minutos andando sem destino muito claro, Rafael parou em frente a uma pracinha tranquila, cercada por árvores e com bancos de madeira espalhados.
— Aqui é um bom lugar pra gente sentar e continuar essa resenha — disse Rafael, indicando um dos bancos.
Eduardo concordou com um sorriso, e os dois se acomodaram lado a lado. Por alguns instantes, o silêncio se instalou entre eles, mas não era desconfortável.
Rafael pegou uma pedra pequena do chão e a jogou distraidamente na grama.
— Foi bom você ter vindo hoje... Sei lá, eu tava pensando em você nesses últimos dias. Não queria ter que admitir isso.Eduardo olhou para ele de soslaio, como se avaliasse aquelas palavras antes de responder.
— Eu também pensei em você, Rafa. Aquele encontro foi diferente... De um jeito bom, sabe?Rafael sentiu o coração acelerar. Era estranho admitir aquilo em voz alta, mas era uma sensação muito boa, e ele não tinha por que esconder. Virou-se levemente para Eduardo, sentindo a proximidade deles crescer de forma quase imperceptível.
— E o que a gente faz com isso agora? — Rafael perguntou, em um tom que era quase um sussurro.
Eduardo não respondeu de imediato. Em vez disso, segurou o olhar de Rafael por alguns segundos.
— A gente deixa rolar. Sem pressa.
Rafael sorriu de volta, sentindo que era exatamente isso que ele precisava ouvir. Sem planos, sem cobranças, apenas a promessa silenciosa de que algo interessante estava começando ali, entre eles.
Eles continuaram conversando. Quando finalmente se levantaram para ir embora, caminharam lado a lado, em silêncio novamente. Ambos voltando para seus carros, indo para suas casas.

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prisão sem grade
Romans"Você me seduziu, me hipnotizou Eu me apaixonei, a cabeça virou.." Romance entre um jogador, e um policial.