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Na manhã seguinte, Eduardo acordou primeiro. Ele se levantou da cama, deixando Rafael ainda dormindo. Sabia que tinha que se arrumar para o trabalho, mas sua cabeça estava melhor já que não foi nada muito grave. Eduardo foi até o banheiro, onde tomou um banho rápido. Ao sair, vestindo apenas uma toalha na cintura, ele deu uma olhada rápida em Rafael, que se remexia na cama, começando a acordar.

Eduardo foi até o armário, pegou uma cueca e vestiu-se, em seguida colocando a farda com precisão militar. Passou um pouco de perfume e, quando estava pronto, olhou para Rafael, que agora se espreguiçava, sentado na cama.

— Bom dia — disse Rafael, a voz rouca e sonolenta.

— Bom dia! — Eduardo respondeu, se aproximando e deixando um beijo suave na testa de Rafael antes de sair do quarto.

Enquanto Rafael seguia para o banheiro, Eduardo foi até a cozinha. Começou a preparar o café da manhã, colocando algumas coisas na mesa enquanto esperava a cafeteira terminar de passar o café. Rafael apareceu,  já vestido e com um sorriso relaxado no rosto.

— Parece que alguém acordou inspirado — disse Rafael, sentando-se à mesa.

— Achei que seria bom você tomar um café antes de ir — Eduardo respondeu, servindo uma xícara para Rafael. — o treinador não pega leve com vocês

— Obrigado, Edu — Rafael respondeu, pegando a xícara e tomando um gole. — Tá uma delícia. E você, como tá se sentindo hoje? Depois do que fizemos ontem a noite eu esqueci da sua cabeça

passando a mão pela cabeça onde ainda havia uma leve dor, mas nada que o incomodasse muito. — Tô bem. Só uma leve dor.

— Só toma cuidado, tá? — Rafael disse, com uma expressão séria, mas carinhosa.

Eduardo sorriu. — Pode deixar. Vou tentar não me machucar de novo, prometo.

Eles terminaram o café da manhã trocando algumas palavras descontraídas, mas ambos sabiam que o dia seria cheio. Quando Eduardo finalmente terminou de arrumar suas coisas para o trabalho, ele se aproximou de Rafael, que já estava de pé e prestes a sair para o treino.

— Então, mais tarde da para a gente se vê? — perguntou Rafael, com um sorriso.

—Não sei se vai dar.— suspirou meio desanimado —Vou em um aniversário de um colega de trabalho. Mas vou tentar chegar cedo.

—Tá certo..— Rafael respondeu meio desanimado, inclinando-se para dar um beijo rápido, mas cheio de afeto.

— Tchau, meu bem— Eduardo disse, apertando de leve o ombro de Rafael antes de ambos se despedirem e seguirem para seus compromissos.

Durante a manhã, Eduardo lidou com relatórios e revisou alguns casos que estavam pendentes, enquanto ocasionalmente seus colegas de trabalho faziam perguntas sobre sua recuperação. Eduardo respondia com um sorriso tranquilo, desviando das fofocas e mantendo o foco no que era realmente importante.

Eduardo foi almoçar com alguns colegas em um restaurante próximo à delegacia.

— E aí, cara. Como você tá? — perguntou Pedro, um colega de trabalho.

— Tô bem, e você? E a família, tudo certo? — respondeu Eduardo.

— Tá tudo bem, graças a Deus — Pedro sorriu.

— Que ótimo! — Eduardo comentou, com sinceridade.

Após alguns minutos de conversa, Pedro tocou em um assunto delicado.

— Os caras tão comentando sobre um certo rumor... parece que até teu nome entrou no meio. É verdade? — perguntou Pedro, curioso, mas com certa cautela.

Eduardo ficou visivelmente desconfortável, mas manteve a postura firme. — Prefiro não falar sobre isso.

Pedro assentiu, percebendo a tensão. — Beleza, desculpa, cara. E, mudando de assunto, vai na festa do João?

— Vou dar uma passada lá, sim — Eduardo respondeu, mais aliviado.

— A gente se vê lá, então. Até mais! — Pedro se despediu, levantando-se.

Eduardo terminou o almoço em silêncio e voltou para o trabalho. Ele passou a tarde organizando relatórios e verificando casos pendentes. Por volta das 18h30, saiu da delegacia e deu uma passada rápida no shopping para escolher um presente para João. Comprou algo discreto, mas de bom gosto, e logo seguiu para casa.

Ao chegar, foi direto tomar um banho relaxante, lavando o cansaço do dia. Depois do banho, vestiu uma roupa casual, mas elegante.

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A festa de João estava animada, cheia de colegas de trabalho e alguns amigos próximos. Eduardo cumprimentava todos e foi até o aniversariante para entregar o presente.

— Parabéns, João! Desejo muito sucesso pra você! — disse Eduardo com um sorriso.

— Valeu, cara! E pra você também! — respondeu João, puxando Eduardo para um abraço forte.

Eduardo sentiu o clima leve e agradável. Sentou-se em uma mesa com outros colegas, pediu uma bebida e passou um tempo jogando conversa fora. O ambiente estava animado, com música alta ao fundo, e o lugar estava relativamente cheio.

Enquanto estava na mesa, Eduardo foi abordado por uma moça.

— Oi, tudo bem? Prazer, me chamo Taynara. — disse ela, estendendo a mão em cumprimento.

Ele retribuiu o gesto com um sorriso. — Oi, sou o Eduardo.

Taynara o observou por um momento antes de perguntar:

— Você tá sozinho?

— Não exatamente, tô com uns colegas.

Ela se inclinou um pouco mais perto de Eduardo, abaixando a voz. — E tá solteiro? Me passa teu número de telefone?

Eduardo deu um sorriso gentil, mas recusou educadamente. — Sou comprometido, Taynara.

Ela riu, sem graça. — Tudo bem, mas a gente pode ser amigos, né?

— Claro, amigos sim! — Eduardo respondeu, simpático.

Ele aproveitou mais alguns minutos e, por volta das 20:40, decidiu se despedir e sair do bar. Ao chegar em casa, foi direto ao quarto, tirou os sapatos e pegou o celular para mandar uma mensagem para Rafael.

Eduardo: "Já cheguei. Quer vir pra cá? Ou eu vou aí?"

Deixou o celular na cama e foi tomar um banho, esperando a resposta de Rafael.

prisão sem gradeOnde histórias criam vida. Descubra agora