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Drew

Uma eternidade ao lado dela ainda seria pouco. Eu sempre precisava de mais, eu sempre queria mais dela, de nós, da nossa vida juntos. Poderia passar um dia inteiro apenas observando ela dormir e ainda não me cansaria dela.

Tudo nela me encanta, me deixa louco, me tira do meu eixo e me coloca nas nuvens. Queria poder gritar para os quatros ventos o quanto amo essa mulher, dizer que não importa quantas vidas forem necessárias eu ainda seria somente dela.

Com cuidado retiro o meu braço debaixo da sua cabeça e me sento na cama, Evelyn se mexe um pouco e então eu me levanto.

Antes de sair deixo um beijo em sua testa e vou andando até a porta, saio do quarto e prossigo até a cozinha.  Abro a porta da geladeira e pego uma jarra de água.

— Como ela está ?. — me assusto com a voz de Odessa e viro-me em sua direção.

— Que susto!. — digo colocando a jarra no balcão — Pensei que tivesse ido embora.

— Não antes de falar com você.

— Aconteceu alguma coisa?. — despejo o líquido no copo e tomo um gole.

— Só queria saber como você está, aconteceram bastante coisa depois do casamento. — ela se aproxima do balcão.

— É, não foram as semanas que eu imaginei mais eu sei que vai ficar tudo bem no final.

— Eu sinto falta de você Drew, de como você era, de como nós éramos. — ela olha para mim e toca na minha mão — Você se tornou outra pessoa, não percebe?.

— O que você está fazendo?. — tiro minha mão da sua.

— Eu estou tentando ajudar você. Como você não percebe que a sua vida é resumida a ela, você gira em torno dela Andrew. — Odessa coloca a mão na cintura.

— Para de falar essas merdas. Isso não é verdade.

— Não?.

— Não.

— Então me diz a última vez em que você viu o pessoal fora das gravações? Ou melhor, quando você ligou para saber daquela proposta de trabalho que o seu acesso vive me pedindo para conversar com você.

— Isso é problema meu Odessa, eu decido, eu. — tento passar do seu lado, porém, ela segura o meu antebraço — Por favor não se intromete nisso, eu tô te pedindo, tá bom?.

— Você pode não entender agora, mais isso é para o seu bem. Um dia você vai entender o que eu fiz.

— Do que você está falando?. — pergunto e ela olha por cima do meu ombro antes de segurar o meu rosto e me beijar.

Seus lábios esmagam os meus e suas mãos seguram o meu rosto com tanta força que preciso segurar em seus braços e afasta-lá.

— Que porra é essa?.—Brooke fala do outro lado da cozinha — Evelyn.

Neste momento olhamos para o lado do balcão onde Evelyn está parada olhando para mim e para Odessa. Ela está perplexa e pálida, tento alcançar a mesma porém ela começa a andar para longe .

A porta da sala é aberta e ela corre em direção a rua.

— Evelyn espera.— tento alcançar o seu braço.

— Me deixa em paz !. — o céu emite um barulho tão alto que nem percebemos que logo depois começa a chover .

— Por favor para! Por favor!. — corro o mais rápido que consigo e abraço sua cintura a tirando do chão.

— Me solta! Me solta Joseph! . — ela começa a se debater em meus braços e eu a coloco no chão.

— Me escuta, ela que me beijou, você precisa acreditar em mim. — Evelyn tira meus braços do seu corpo e vira- se de frente para mim.

— Eu te disse, eu te falei mais cedo e você não me escutou. Porque você não me escuta . — ela começa a bater em meu peito e eu seguro os seus braços — Isso tá acabando comigo, será que você não percebe?.

— Olha pra mim, eu te amo. — balanço a cabeça e Evelyn anda para longe mais uma vez .

— Não. Acabou. — ela respira fundo — Isso é demais. Eu vejo a maneira como ela olha pra você, e é do mesmo jeito que você olha para mim .

— Eu não vou deixar você, me ouviu?. — seguro em seu pulso e ela puxa o braço para baixo.

— Você não entendeu?. Sou eu que estou te deixando Joseph. — a chuva começa a ficar cada vez mais forte, não ligamos.

— Foda-se. — ando até ficar na sua frente — Eu. Não. Vou. Deixar. Você.

Seguro em sua nuca e beijo sua boca e embora estejamos encharcados pela chuva os seus lábios estão quentes e macios.

Seguro em sua nuca e beijo sua boca e embora estejamos encharcados pela chuva os seus lábios estão quentes e macios

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— Me deixa ir.— essa é a primeira coisa que ela diz quando se afasta da minha boca — Por favor.

— Eu não posso. Não posso.— tento segurar em sua mão mas Evelyn se afasta.

— Você não pode decidir o que é melhor para mim. Eu decido minha vida, e neste momento eu quero ir embora daqui.

— Eu vou com você.

— Eu quero ir embora sem você.— seus olhos estão pequenos e ela abraça o próprio corpo — Eu agradeço pelo que fez por mim, de verdade.

— Como eu vou viver sem você?. — passo a mão pelo cabelo.

— Você vai aprender rápido a viver sem mim, da cozinha eu pude ver isso.

— Ela não é você.— digo e prendo a respiração — A mulher que eu amo está bem aqui na minha frente, me pedindo pra fazer a coisa mais difícil de toda a minha vida.

— Eu não posso ficar com você, me desculpa se estou partindo o seu coração mais eu não consigo fazer isso. — Evelyn vira- se e começa a se distanciar de mim — Me deixar ir embora. Por favor.

Meus pés estão presos no concreto do chão e eu não consigo me mover, tudo começa ficar embaçado e eu não vejo mais nada.

— DREW!.

Nosso destino - Drew StarkeyOnde histórias criam vida. Descubra agora