Domingo - S/N

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Acordei com a s/am me gritando muito, eu estou sozinha em casa com ela, a Dayane está de férias, O Henri ta dormindo no quarto dele, estou olhando pela câmera e o Nestor está no CT porque ele tem que se recuperar logo.
Hoje tem paulista, Ituano e São Paulo, mas o Nestorzinho não vai jogar, porém ele foi lá treinar.

Já se passaram dois meses e a Helo não nasceu ainda, ela está com sete meses agora, fez semana passada, e pelos gritos da mãe dela, ela quer vir hoje.

Levantei rápido, peguei meu celular e já chamei o Uber, independente do que estiver acontecendo vamos para o hospital.

— O que foi amiga - Entrei no quarto e a bolsa estourou bem na hora — Já chamei o Uber, vai se trocar. Por que me gritou tanto?

— Para você acordar. To sentindo muita dor, vê se ela ta descendo - Abriu as pernas em pé mesmo

Me agachei e olhei, não está e também não está nada aberta.

— Não está não vamos logo - Levantei e peguei meu celular — O Uber ta a quatro minutos

Peguei o Henri no quarto, a bolsa de sair que sempre deixo pronta. A Dayane que me deu essa dica. Passei no meu quarto coloquei um shorts branco liso curto, um cropped vermelho de frio, e calcei minha havaianas do São Paulo. Desci, coloquei o Henri no bebê conforto e sai para ver o Uber.

— Oi, minha amiga vai ter bebê - Abri a porta depois de conferir a placa — Vai rápido por favor tabom. Vou buscá-la

Só deixei a bolsa do Henri no banco da frente e entrei com ele para pegá-la.

Ela colocou um vestido amarelo claro longo folgado e está com sua havaianas branca.

— Vai indo que eu vou pegar suas bolsas

Subi as escadas correndo. Rodrigo me mataria se visse isso.
Peguei as bolsas e desci correndo também, peguei o Henri, sai reforçando a segurança e entrei no carro. Prendi o bebê conforto, coloquei as bolsas dela no banco da frente também e entrei atrás.

O motorista arrancou com o carro e eu liguei para o Nestor, demorou de atender, já chegamos no hospital.

— Oi, a s/am vai ter a Helo - Disse desprendendo o bebê conforto — Já estamos no hospital - Sai do carro — Vem pra cá anda, ou manda alguém

— Meu Deus. Tô indo - Desligou na minha cara — Obrigada moço. Ta pago no cartão

— Já foi aqui - Confirmou

Peguei as bolsas e fomos indo devagar até as cadeiras de rodas. Deixei as bolsas penduradas nas cadeiras e entramos.

— Ajudem aqui - Gritei

A Eva veio e pegou a cadeira. Ajeitei o bebê conforto porque tava todo torto na minha mão.

— Eu vou abrir a ficha ta - Peguei a bolsa dela — Podem subindo

— Amiga vem... comigo - Disse com dificuldade

— Ta. Então eu abro depois

Subimos para o andar do parto, já colocaram ela na cama e foram para a sala.

— Olha ele pra mim. Eu vou entrar - Falei com a Eva entregando o bebê conforto

— Tabom - Pegou

Entrei na sala de parto, ela já está fazendo força. Vesti a roupa de acompanhante por cima da minha, coloquei touca, luva e máscara, e fui para o lado dela segurar sua mão.

— Pode apertar amiga, mas se concentra em respirar

Ela deu um grito alto apertando minha mão e colocando força, e logo voltou a respirar fundo.

Uma Verdadeira Fã - Rodrigo NestorOnde histórias criam vida. Descubra agora