Uma Verdadeira Fã - Rodrigo Nestor

Terça - S/N

Dois meses depois...

Sete meses de gravidez, estou ficando mais cansada do que o normal, a minha barriga cresceu muito e está pesando mais ainda, porém o Henri está super saudável, no tamanho normal, sem risco de vida mas com altos riscos de nascer a qualquer momento porque já se virou de cabeça para baixo para sair, mesmo assim eu e o pai dele iremos viajar hoje. Também estou saudável e pesando o peso normal considerando o tamanho e peso da minha barriga, as coisas ficaram mais difíceis de fazer e em hipótese alguma eu posso abaixar, mesmo se for emergência, não posso abaixar por nada a Kamily falou.

Acordamos as seis, nosso vôo é as nove. Arrumamos as malas e bolsas ontem, vamos passar uma semana lá. Eu tô levantando uma mala grande e uma mochila grande por precaução, porque como o Henri pode nascer a qualquer momento então estou levando as coisinhas dele, Rodrigo concordou com isso, mas é claro que concordou, se discordasse eu obrigava ele a concordar.
Ele está levando uma mala média e uma mochila pequena até porque homem não leva muita coisa mesmo, por que ele vai levar? Não vai.

— Anda vida levanta se não vai atrasar as coisas - Ele apareceu do banheiro. Estava tomando banho — Quer ajuda para levantar?

— Eu tô grávida não alejada - Me levantei

— Davi disse que a s/am está fazendo ele de escravo - Rimos

— E ela já fez três meses né? Já já vão descobrir o que é, que nome será que colocariam?

Essa menina sumiu assim que fez três meses, ninguém a vê mais, e olha que a gravidez dela é super saudável nem é de risco igual a minha. Do jeito que ela é deve estar fazendo chantagem com o Davi só para ficar deitada assistindo série.

— Eles já decidiram mas só vão revelar no convite do chá de bebê

— Vou fazer a s/am me contar já já. Ela que venha com frescurinha para cima de mim, pô, do Henri ela foi a primeira a saber e comigo ela vai esconder? Não vai

— Tenta lá. Davi não quer me falar por nada. Vou fazer essa chantagem ai com ele

Pegamos nossos celulares e mandamos mensagens.
Henri se mexeu mas não foi nada de mais, já teve dias piores. O pai dele endoidou quando viu ele chutando a primeira vez, eu nem tinha percebido porque estava dormindo, mas ele estava acordado viu e me acordou.

Dois meses e duas semanas atrás...

— Amor amor - Ele me balançou para eu acordar

— Rodrigo pelo amor de Deus - Resmunguei nem ligando

— O Henri acabou de mexer, não sentiu? Ele acabou de mexer - Colocou a mão na minha barriga

— É uma coisa totalme... ele chutou? - Abri os olhos aos poucos — Eu nem senti... - Me levantei devagar

— Como não sentiu, perai - Ficamos olhando e ele mexeu bem aonde o Rodrigo estava com a mão — Aí amor, viu?

— Eu vi sim - Sorri encantada

Ele pegou o celular para gravar mas o Henri nem deu sinal de vida, quando ele desanimou, meu filho mexeu.

— Injustiça isso aí viu pilantrinha - Cutucou minha barriga — Papai ainda vai pegar você se mexendo e vai gravar

— Agora me diz, para que me acordar? Eu ia ver depois - Perguntei paciente, ainda

— Do jeito que tava morta ai, eu duvido muito - Tomou um tapa por ser tão afrontoso e voltei a dormir

No presente...

Henri se mexeu mais e desde então ele sempre fala com o menino quando repara e ve que o nosso filho está mexendo.