Segunda - S/N

339 12 14
                                    

29 de Janeiro de 2024...

Acordei as duas da manhã sentindo muitas dores, mas ficaram leves, acho que não deveria ter dançado tanto ontem a noite. Foi o chá de bebê da Heloísa e consegui fazer a s/am se divertir depois de muito tempo enfiada dentro de casa. Fui me levantar assim que ficaram melhores e senti a cama molhada, logo Rodrigo se mexeu e colocou a mão bem em cima.

Perai, a bolsa estourou? Isso não é xixi porque eu usei o banheiro antes de dormir e não bebi água depois, também não está com nenhum cheiro ruim, na verdade não está com cheiro nenhum.

— O que é isso - Bateu a mão em cima — Você fez xixi na cama? - Abriu os olhos aos poucos

— Eu acho que a bolsa estourou - Disse presumindo que sim

— Meu Deus - Se levantou rápido — Vamos para o hospital, agora - Pegou o celular e se levantou

Fiquei sentada raciocinando, enquanto ele passava de um lado para o outro falando com alguém no celular.
Não acredito que ele vai nascer hoje, o Henri tem oito meses ainda, a médica disse que ele estava saudável para nascer de nove meses e ele quer nascer hoje, será que dançar demais ontem e tomar aquele banho quente antes de dormir influenciou para ele nascer mais rápido?

— Amor o que ta fazendo ai sentada - Veio me levantar com as bolsas do Henri na mão — Vamos antes que ele nasça aqui mesmo

— Eu nem tô sentindo tantas dores, e eu não quero ficar doze horas para ter um parto e muito menos ir para o hospital feia assim - Disse após me olhar na penteadeira

— Mas a bolsa já estourou amor, você só pode ficar pouco tempo aqui até começar a sentir dores mais fortes

— Então... - Recebi uma contração fortíssima que até coloquei a mão embaixo da barriga

— Ta vendo, já já ele desce e você ta aqui ainda. Vamos - Pegou minha mão — Só temos que acordar a s/am

Ela está morando com a gente desde o ocorrido e o salário que o Nestor pagava para o Davi ele está dando para ela.

Eu acho engraçado que ao invés dele ligar para a mãe dele me levar como ele disse que ia fazer, ele que vai me levar e esqueceu da mãe dele no desespero.

— Pega uma roupa descente pelo menos, não quero ir de pijama - Aceitei

Ele entrou no quarto correndo, nem parece que está com um aparelho na perna, e que fez cirurgia a pouco tempo. Você vai curar o seu pai desse jeito Henri.

Ele voltou com um vestido branco curtíssimo, acho que pegou a primeira roupa que viu na frente do closet. Colocou as bolsas na cama e me ajudou a me vestir, pegou as bolsas de novo e foi me ajudando a caminhar, não está difícil de caminhar está difícil de manter as pernas aproximadas, parece que não dá para fechá-las.

— A minha bolsa, pegou?

— Vai descendo a escada devagar pelo amor de Deus, que eu vou buscar a bolsa e acordar a s/am - Saiu

Segurei no corrimão e fui descendo, logo ele chegou, senti outra contração forte e senti a minha parte íntima se abrir quase para me rasgar me forçando a parar no fim da escada. O Henri vai nascer aqui, isso aqui com certeza foi um sinal de que ele ta descendo e eu nem tô fazendo força alguma, só desci as escadas.

— O que foi? - Perguntou desesperado — Ta doendo muito? Quer que eu chame uma ambulância? É melhor não acha amor?

Não sei porque ele ta desesperado, nós fomos em todas as aulas de parto, a não ser que ele fique nervoso desmais e desmaie, ai eu me fodo.

Uma Verdadeira Fã - Rodrigo NestorOnde histórias criam vida. Descubra agora