Capítulo 81🤍

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   Ana🤍 

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   Ana🤍 

A Chegada da Maitê

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Era uma noite silenciosa, só o som do vento batendo nas janelas e os ruídos da rua distante preenchiam o espaço. Eu estava dormindo profundamente quando, de repente, senti uma mão apertando minha cintura. Abri os olhos, ainda sonolenta, e vi Douglas com aquele olhar malandro, como se tivesse aprontado alguma. Ele, com a cara de quem acabou de acordar, riu baixinho e sussurrou: 

— Teve um sonho comigo, amor? E, tipo, gozou só de imaginar? 

Fiquei confusa por um momento, piscando várias vezes até entender o que ele disse. Mas antes que eu pudesse responder, uma dor súbita me tomou de surpresa. Era uma dor forte, intensa, que eu nunca tinha sentido antes. 

— Que? — perguntei, tentando entender o que tava rolando. 

E foi quando a sensação de pressão na minha barriga ficou ainda mais intensa. Com a respiração ofegante, soltei: 
— Amor... acho que minha bolsa estourou. 

Douglas ficou completamente congelado por um segundo, com os olhos arregalados. O tempo pareceu parar, mas logo ele entrou em modo "ação". Com uma rapidez que eu não sabia que ele tinha, vestiu a roupa, pegou as malas da Maitê e as minhas coisas e correu pra colocar tudo no carro. A ansiedade dele tava estampada no rosto, mas ele tentava disfarçar o nervosismo. 

Meu corpo tava entrando em modo de dor contínua, contrações fortes, e eu só conseguia me concentrar em tentar não gritar. O som das minhas respirações ofegantes eram quase uma música caótica em meio ao silêncio da casa. 

Douglas ligou pro meu pai, pra Bruna e pra todo mundo. Mas eu, sentindo cada vez mais a pressão da dor, só conseguia pensar em uma coisa: "Preciso sair logo de casa". 

Assim que saímos, as dores ficaram cada vez mais insuportáveis. Eu sabia que tava perto, mas o tempo parecia se arrastar, e o trajeto até o hospital parecia um filme de terror. Eu gemia de dor enquanto ele tentava, com todas as forças, manter a calma. 

— Branquinha, calma aí, tá? Só respira, já tamo chegando, pô. Segura mais um pouco! — ele falava, tentando manter a voz tranquila, mas eu podia ver que ele tava nervoso. Ele suava mais que tampa de marmita, e falava sozinho, como se estivesse tentando se convencer de que tava tudo bem. 

Mas, minha gente, eu não tava conseguindo mais segurar nada. As contrações estavam mais fortes do que nunca. Cada uma parecia me puxar pra uma dor que não ia acabar. 

— Douglas... — eu gemi, apertando a barriga. — Não vai dar tempo, amor. Tá vindo agora! 

Ele me olhou assustado, e antes que eu pudesse dizer mais alguma coisa, ele deu uma pisada no freio que quase nos fez bater no carro da frente. Com os olhos arregalados, ele virou pra mim, completamente sem saber o que fazer. 

— Como assim "tá vindo agora"? Aqui no carro? Cê tá maluca, mulher? — ele disse, com a voz quase falhando de nervoso. 

Eu, tentando não gritar, disse o óbvio: 
— Não tem como segurar, amor. Ou para o carro ou ela nasce no banco da frente mesmo! 

Ele arregalou ainda mais os olhos, com a expressão de quem já tinha perdido a noção de tudo. Um "caraca, meu Deus!" saiu da boca dele enquanto ele parava o carro na beira da estrada, já sem saber o que fazer. Ele abriu a porta de trás e me ajudou a deitar o máximo que dava no banco traseiro. Ele tava tremendo, parecendo uma vara verde. 

— Pô, branquinha, que ideia é essa, mano? Não pode esperar não? — ele perguntou, ainda suando, claramente em pânico. 

— Douglas, faz alguma coisa! Ela tá vindo, amor! — eu gritei, sentindo as contrações mais intensas. 

Ele respirou fundo e, de repente, virou aquele homem firme, como se fosse um médico experiente. Só faltava o jaleco branco. 

— Tá bom, tá bom, relaxa, branquinha. Tô aqui contigo. Vamo nessa. Faz força na próxima contração, tá? Força pra nossa princesa. — ele disse, com aquela voz firme, mas ainda com aquele nervosismo no fundo. 

Cada contração vinha como uma onda enorme. Mas eu foquei nele, nas palavras dele. Mais uma contração, força. Outra, mais força. Então, o choro. O som mais lindo que eu já ouvi na vida. O chorinho da nossa filha. 

— Caraca, ela nasceu! Branquinha, nossa Maitê tá aqui! — Douglas gritou, segurando aquele pedacinho de gente com tanto carinho que parecia que ele tava manuseando um tesouro precioso. 

Ele tirou a blusa e enrolou a nossa filha com o maior cuidado do mundo. Com os olhos cheios de lágrimas, ele me entregou a Maitê. 

— Olha só, mulher... nossa princesa, a cara da mãe. Que perfeição, mano. 

Eu, chorando, segurava a Maitê nos meus braços. Aquele momento foi mais mágico do que qualquer um que eu pudesse imaginar. Eu não conseguia parar de olhar pra ela. Ela estava ali, perfeita, saudável, e eu sentia que o mundo inteiro tinha parado naquele instante. 

— Amor, você foi incrível... Eu nem sei o que dizer — falei, ainda emocionada, com a voz tremendo. 

Douglas me olhou e riu, um sorriso cheio de orgulho. 
— Tá de sacanagem, né, branquinha? Quem foi incrível foi tu. Guerreira demais, mulher da minha vida. Já era apaixonado por você, agora cê me deu mais uma razão pra te amar. 

Ele, então, pegou o celular e ligou pro meu pai, com aquela marra de sempre. 

— Ô, Terror, presta atenção, mano! A Maitê já nasceu, pô. Nasceu aqui no carro, do nada. A Ana mandou mó braba, guerreira demais! — ele falou, tentando conter a emoção, mas ainda com aquele tom de quem tava se achando o máximo. 

O resgate chegou logo depois, e em poucos minutos, nós fomos colocados na ambulância. Eu, com a Maitê no colo, e ele, ao meu lado, sorrindo como um bobo. 

— Pô, branquinha, não podia esperar o hospital, não? Tinha que ser no meio do rolê? — ele disse, dando uma risadinha, mas, no fundo, a felicidade dele transbordava. 

Eu ri, porque, no final das contas, não importava onde ela nasceu. O que importava era que nossa princesa tava ali, completando a nossa família do jeito mais inesperado possível.

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Seja bem-vinda filha🤍

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💬Douglas: Obrigado por esse presente, eu amo vocês❤️

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Amor Proibido - Entre Fogo e PólvoraOnde histórias criam vida. Descubra agora