Acordo as seis da manha de sábado com uma sensação agradável pelo corpo, fito o teto na tentativa de me manter acordada, ainda com sono me levanto e vou até ao banheiro.
-Você esta radiante hoje menina, pronta para seu primeiro dia de trabalho? – Pergunto para o meu reflexo no espelho. Olhos brilhando, face rosada, cabelo sedoso. Tiro a roupa e começo a me avaliar, havia engordado um pouco nos últimos meses, uns três quilos talvez, precisava me pesar para ter certeza, toquei meu seio esquerdo ao notar a vermelhidão e marca de dedos alojados ali. Sorri com a recordação da noite anterior, Juliana e eu em sua cama, testando nossos limites indo rumo ao prazer.
Ligo o chuveiro e deixo a agua escorrer pelo meu corpo, jogo a cabeça para traz e começo a passar meu shampoo com cheiro de framboesa. A recordação de ontem ainda viva em minha memoria, o corpo macio e liso de Juliana era um lugar divertido de se explorar, suas mãos hábeis e gentis passearam no meu corpo me fazendo chegar ao orgasmo somente com carias, sua boca eficiente só fez com que eu percebesse que o sexo oral era indispensável antes de qualquer coisa na relação sexual, basicamente uma brincadeira necessária para as preliminares. Com essa nova certeza resolvi explorar essa nova experiência, não houve nada de nojento ou embaraçoso enquanto minha boca trabalhava em busca do prazer de Juliana, sua respiração ofegante e pequenos gemidos só me davam mais vontade de continuar o trabalho naquela parte sensível de seu corpo, senti seu clitóris se inchar a medida que eu o lambia e chupava, até que seu corpo perdeu o controle, e o clímax foi alcançado.
Depois de uma longa conversa decidimos que aquilo não se repetiria, apesar de ter sido maravilhosamente prazerosa essa aventura, minha curiosidade já havia desaparecido. Bixessualidade não é algo com a qual eu queira lidar, nunca senti atração por mulher nenhuma, a não ser atrizes famosas como Megan Fox ou Scarlett Johansson. Sorri comigo mesmo, minha vida havia se transformado completamente, de uma menina que tinha medo do sexo, para uma que só pensava em prazer, orgasmo, diversão.
Termino meu banho, coloco um vestido social básico preto e um escarpam vermelho, faço uma trança lateral em meu cabelo, passo uma maquiagem básica e já estou pronta para trabalhar.
Saio de casa e deixo Juliana dormindo, o trajeto de casa para o trabalho foi rápido, então paro em uma padaria próximo ao prédio da corretora para comer alguma coisa.
-Bom dia, o que a senhora vai querer? – Um rapaz moreno de estatura media, me pergunta quando me sento em uma mesa próxima ao caixa.
-Bom dia. Gostaria de um suco de maracujá, e um pão de queijo.
-Somente isso?
-Há, tem suco de maracujá com leite. –Pergunto sorrindo para o garoto.
-Claro, já irei trazer. – Ele se vira e entrega o pedido para outro rapaz atrás do balcão. Percebi que o garoto que me atendeu não deveria ter mais que vinte anos, talvez dezoito como eu. As vezes não me sinto com dezoito anos, e sim com vinte e oito. A adolescência não fez parte da minha vida. Começo a ficar melancólica, afasto as memórias dolorosas do meu passado recente, nada valia a pena em ser relembrado daquela época, exceto o período em que meu pai ainda estava vivo.
-Aqui senhora. Posso ajudar em mais alguma coisa. – O garoto estava sorrindo, me olhando atentamente.
-Já pode trazer a conta por favor, estou com um pouco de presa. – O olhar de desapontamento não passou percebido, talvez esse menino tenha notado que não há muita diferença de idade entre nós, ou provavelmente nenhuma diferença.
-Só um momento. – Ele saiu apressado, disse algo para o cara do balcão, comecei a comer me distraindo com a movimentação do lugar, muitas pessoas paravam pediam um café para viajem e partiam na presa de ir aos seus compromissos. Olhei meu celular, já eram vinte para as oito. Paguei a conta e atravessei a rua, o prédio ficava do ouro lado da padaria, entrei e me apresentei a recepcionista, informei que hoje seria meu primeiro dia.
-Qual o nome do corretor. - Ela me pergunta.
-Não sei lhe informar, a Senhora Vitoria pediu para que eu viesse hoje afim de conhecer meu patrão. - Ela me olha com desinteresse e pede meus documentos, entrego a ela.
-Aqui está, 5°Andar sala 1. A senhorita trabalha para o senhor Dantas, Ele é o dono da corretora e já se encontra em sua sala. Pode subir. - Me devolve os documentos junto com um crachá provisório.
-Obrigada - Murmuro para ela e me dirijo ao elevador, a ansiedade toma conta de mim, a cada andar meu coração se acelera, meu primeiro emprego registrado, ainda passarei pelo período de experiência , porem para mim já é uma grande vitória.
A porta se abre no 5°Andar, havia uma recepção pequena de decoração alegre dava acesso a duas salas do lado esquerdo, ao lado direito havia uma porta dupla com o nome senhor Dantas escrito em letras negras e elegantes. Logo depois outra recepção maior, a sala como todo o prédio era pintada com cores claras, neutras, há uma mesa com um computador e um telefone no fundo da sala ampla, ao lado outra porta que creio que seja do escritório pessoal do meu chefe. Dois sofás pretos em cada canto com vasos de plantas em cada lado, uma mesinha de centro com revistas e informações sobre imobiliária. Todo o ambiente é rústico e sofisticado ao mesmo tempo.
Ouço o telefone tocar e corro para atender. O tiro do ganho e só agora percebo que não sei como atender, coloco-o no ouvido e espero a pessoa do outro lado se manifestar, ouço sua respiração, porem nenhuma palavra.
-Bom dia, no que posso ajudar? - Falo o mais educadamente possível. Pelo o que eu me lembrava da entrevista de ontem, aos sábados o único serviço a ser feito é preenchimento de cotações de seguros e responder alguns e-mails, não havia atendimento ao publico os fins de semana. A empresa Imóveis Dantas trabalhava na venda e locação de imóveis e tinha parceria com uma corretora de seguros para a proteção dos imóveis. Os compradores já saiam com a concretização de um sonho, que é a tal sonhada casa própria e um seguro que protegia a residência em caso de roubos furtos explosões entre outras coisas.
-Começando a me dizer o seu nome por favor. - A voz do outro lado disse sem ao menos me cumprimentar com um bom dia, mal educado.
-Beatriz, meu nome é Beatriz, no que posso ajudar senhor?
-hummm Beatriz, esse é um bom nome, pode começar entrando em minha sala e se apresentando formalmente para mim. Não demore. - O telefone fica mudo, então era ele quem havia ligado, senhor Dantas, dono da empresa. fico parada por uns segundo até criar coragem e me mover. Realmente ele era mal educado. Cadê o bom dia, a cordialidade. Bati na porta e ouvi um entre vindo de dentro da sala. Abro a porta devagar e observo a cadeira atrás da mesa de reunião se mover, fiquei paralisada quando meus olhos se prenderam naqueles olhos verdes intensos, fazia quantos meses que eu não o via, três ou quatro meses, uma única noite de sexo voltou para minha memória, meu primeiro orgasmo, meu primeiro beijo de verdade.
Sua expressão de surpresa passou para o de alegria, depois algo mais sombrio tomou conta de seus olhos, ele observou cada centímetro do meu corpo e lá estava mais uma vez, o desejo estampado em seus olhos.
-Ora ora ora, quem temos aqui, senhora vermelhinha. - Ele se levanta e caminha na minha direção. - É um prazer tê-la em nossa equipe Beatriz. Seja bem vinda. - Seu sorriso era mais encantador do que eu me lembrava, seus cabelos estavam mais loiros, talvez havia feito luzes ou algo do tipo, seu cheiro sem duvida era de um perfume caríssimo. Me senti envergonhada por não ter usado nenhum perfume naquela manha.
-O prazer é todo meu senhor Thiago
***
Gente obg a todos novamente, nos últimos dias estou bem inspirada para escrever. desculpe pelos capítulos pequenos, mais como alguns perceberam estou postando quase todos os dias.
Até a próxima. Beijin :)
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Diários secretos
Lãng mạnOBRA REGISTRADA NA BIBLIOTECA NACIONAL - TODOS OS DIREITOS RESERVADOS - PLÁGIO É CRIME! Beatriz não sabe o que significa amar, ou ser amada. Não sabe o que é uma família, depois de uma grave acusação é expulsa de casa e não sabe para aonde ir. Aos...